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Agro puxa PIB e atrai FIDCs

Além dos FIDCs, outros instrumentos têm ganhado visibilidade no setor



Além dos FIDCs, outros instrumentos têm ganhado visibilidade no setor Além dos FIDCs, outros instrumentos têm ganhado visibilidade no setor - Foto: Pixabay

O agronegócio voltou a liderar o crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre de 2025. Segundo o IBGE, o setor teve alta de 12,2% em relação ao trimestre anterior, impulsionando o PIB nacional em 1,4%. A supersafra de soja e o aumento da produtividade no campo foram os principais responsáveis por esse avanço. Esse cenário reforçou o debate sobre novas formas de financiar o agro, com destaque para os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que ganham espaço como alternativa estruturada de crédito e investimento.

O mercado de FIDCs ligados ao agronegócio, especialmente na modalidade FIAGRO-FIDC, apresenta crescimento acelerado. Dados da Anbima mostram que o patrimônio líquido dos FIAGROs cresceu 204% desde março de 2023, chegando a R$ 47,7 bilhões. Cerca de 48% desse montante está alocado em FIDCs que compram recebíveis da cadeia produtiva rural, como duplicatas e contratos de fornecimento. Com regras mais claras trazidas pela nova Resolução CVM 175, esses fundos têm atraído mais investidores e viabilizado crédito sob medida para produtores.

Além dos FIDCs, outros instrumentos têm ganhado visibilidade no setor, como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que oferecem isenção de IR para pessoas físicas e já somam R$ 156 bilhões em emissões. As LCAs e as CPRs-Verdes também se destacam, especialmente em iniciativas ligadas à sustentabilidade. O avanço da tokenização de ativos e das plataformas digitais tem aproximado cada vez mais investidores do agronegócio, facilitando o acesso a produtos financeiros com lastro na produção rural.

“O FIDC oferece ao produtor rural acesso a crédito mais flexível, muitas vezes com estruturação adaptada ao seu ciclo de produção. Ao investidor, representa uma alternativa segura e regulada, com potencial de retorno superior à renda fixa tradicional”, afirma Marcelo Linhares, superintendente de Agro e Comércio Exterior da FlowInvest. “Estamos diante de um novo ciclo de financiamento ao agro, com o mercado de capitais assumindo um papel cada vez mais estratégico”, conclui Linhares.
 

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