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Mercado do trigo deve seguir pressionado

Entre os fatores de alta, destacam-se as boas exportações americanas



Entre os fatores de alta, destacam-se as boas exportações americanas Entre os fatores de alta, destacam-se as boas exportações americanas - Foto: Pixabay

A combinação de uma safra maior nos Estados Unidos, as incertezas comerciais causadas pelas tarifas impostas por Donald Trump e o dólar em alta deverá manter os preços internacionais do trigo pressionados no segundo semestre de 2025. No Brasil, os reflexos virão principalmente via Argentina, que também terá uma colheita maior e precisará exportar mais, forçando os preços para baixo (exemplo: contrato de dezembro já cotado a US\$ 230, abaixo dos US\$ 232 de agosto).

Segundo análise da TF Agroeconômica, enquanto o dólar projeta chegar a R\$ 5,70 (acima dos R\$ 5,54 atuais, segundo o Boletim Focus), a safra brasileira tende a ser menor do que a estimativa oficial da Conab, que ainda projeta 7,89 milhões de toneladas. O mercado, porém, não acredita em mais de 7,03 milhões. Ao mesmo tempo, a previsão de importação aumentou de 5,80 para 6,20 milhões de toneladas — o que pode puxar os preços internos para a paridade de importação já a partir de fevereiro de 2026.

Entre os fatores de alta, destacam-se as boas exportações americanas (567,8 mil toneladas vendidas para 2025/26, com liderança da Coreia do Sul) e a queda na produção brasileira. Por outro lado, fatores de baixa incluem o aumento dos estoques americanos (projeção de 24,23 milhões de toneladas), a melhora nas exportações russas (de 45 para 46 milhões) e boas condições climáticas nos EUA, que reforçam uma safra maior.

Diante disso, a TF Agroeconômica mantém sua orientação: quem precisa vender trigo deve segurar; já quem precisa comprar, deve antecipar o máximo possível. O comportamento do mercado de farinhas — que influencia diretamente a precificação do grão — segue como fator limitante, mas pode reagir se os custos da matéria-prima subirem de forma mais acentuada.
 

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