Exportações de carne bovina brasileira atingem recorde, apesar de desafios de mercado em 2024

A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) divulgou os dados mais recentes sobre o mercado internacional da carne bovina, destacando um aumento no volume de exportações no primeiro trimestre de 2024, apesar dos desafios de preços enfrentados pelo setor. De acordo com os números compilados pela ABRAFRIGO a partir dos dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações brasileiras de carne bovina registraram um crescimento notável em termos de volume e receita.

No período de março de 2024, o volume total de carne bovina exportada, incluindo carne processada e in natura, alcançou a marca de 206.053 toneladas, representando um aumento significativo de 27% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento no volume resultou em uma receita de US$ 856,9 milhões, refletindo um aumento de 21% em relação ao ano anterior.

Embora os preços médios tenham sofrido uma queda, com uma diminuição de US$ 4.356 por tonelada em março de 2023 para US$ 4.158 em março de 2024, e uma queda no acumulado do trimestre de US$ 4.520 para US$ 4.033 por tonelada, o mercado de exportação de carne bovina brasileira continua a demonstrar resiliência e crescimento.

A China permanece como o principal mercado para as exportações de carne bovina do Brasil, representando 41,1% do total movimentado. No entanto, houve uma redução nos preços médios pagos pela China, de US$ 4.900 em 2023 para US$ 4.420 por tonelada no primeiro trimestre de 2024. Os Estados Unidos, o segundo maior comprador do produto brasileiro, registraram um aumento expressivo nas importações, adquirindo 112.222 toneladas no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 93,5% em relação ao ano anterior. Apesar disso, os preços médios pagos pelos Estados Unidos pela carne bovina brasileira caíram de US$ 4.390 por tonelada em 2023 para US$ 2.940 por tonelada em 2024.

Os Emirados Árabes surgem como uma surpresa, ocupando agora a terceira posição entre os maiores compradores, com um aumento significativo nas aquisições de carne bovina brasileira. O preço médio neste caso permaneceu relativamente estável em comparação com o ano anterior.