Mercado de grãos reage a clima e colheita
Na soja, os contratos de julho em Chicago recuam levemente

Segundo informações da TF Agroeconômica, nesta segunda-feira (17/06), os mercados de trigo, soja e milho abrem o dia acompanhando fatores climáticos, geopolíticos e de oferta nos principais países produtores. O trigo sobe em Chicago com contratos para julho cotados a US\$ 540,25 (+3,75) e dezembro a US\$ 576,25 (+2,50), impulsionado pela lentidão da colheita de inverno nos EUA, que avançou para 10% da área plantada, abaixo dos 25% do mesmo período em 2024 e da média de 16% dos últimos cinco anos, e pela redução da qualidade das lavouras de 54% para 52% em boas/excelentes condições. No Brasil, a Conab informou avanço do plantio para 51,7% da área prevista, ritmo inferior à média histórica.
Na soja, os contratos de julho em Chicago recuam levemente para US\$ 1.069,25 (-0,50), refletindo realização parcial de lucros após alta forte do óleo de soja. A queda é contida pela piora nas condições das lavouras americanas: segundo o USDA, a soja em boas/excelentes condições caiu de 68% para 66%, abaixo dos 70% registrados no mesmo período em 2024. O plantio avançou para 93% da área planejada, em linha com anos anteriores, mas ainda aquém do esperado por traders (95%). No mercado interno, a soja no Paraná é negociada a R\$ 129,60/saca (+0,36% no dia).
Já o milho opera com leve oscilação em Chicago, com o contrato de julho a US\$ 434,50 (-0,25). O ajuste de posições pelos fundos ocorre em meio a um cenário de bom ritmo de exportações para a safra 24/25, mas pressionado pela entrada da safrinha no mercado e pelas boas condições das lavouras nos EUA, que subiram de 71% para 72% em boas/excelentes condições, superando as médias do setor. No Brasil, a colheita da segunda safra evoluiu para 3,9% da área, ainda atrás do ritmo do ano passado (13,1%) e da média de cinco anos (8,4%). Na B3, o milho julho recua 0,88% para R\$ 62,41/saca.