Soja fecha em leve alta em Chicago com prêmio climático
China está comprando soja da Argentina

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram a quinta-feira (24) com leve valorização, impulsionados principalmente por fatores climáticos nos Estados Unidos. Segundo análise da TF Agroeconômica, o contrato de setembro, referência para a nova safra, subiu 0,07%, ou US$ 0,50 cent/bushel, sendo cotado a US$ 1005,75. Já o contrato de agosto caiu 0,15%, ou US$ 1,25 cent/bushel, para US$ 1004,25, refletindo sua proximidade de vencimento.
Apesar da sequência anterior de três quedas, os preços se recuperaram levemente nesta sessão, com o mercado monitorando atentamente as previsões climáticas. A continuidade das chuvas no cinturão agrícola americano vem favorecendo as lavouras, o que tende a pressionar os preços. No entanto, a possibilidade de menos umidade nas previsões de 6 a 14 dias oferece algum suporte, somado à firmeza do óleo de soja, que subiu 0,94% no dia.
Outro fator que chamou a atenção foi a compra de 30 mil toneladas de farelo de soja da Argentina pela China — um movimento raro, já que, mesmo com o comércio liberado desde 2019, os chineses geralmente evitam esse mercado. Essa compra pontual trouxe volatilidade ao farelo, que acabou fechando em queda de 0,85%, a US\$ 269,70/ton curta.
Do lado das exportações, os dados divulgados pelo USDA foram considerados baixistas. As vendas semanais de soja dos EUA totalizaram 160,9 mil toneladas para a safra 2024/25, abaixo das 271,9 mil da semana anterior. Para a temporada 2025/26, as vendas foram de 238,8 mil toneladas — resultado também inferior às expectativas do mercado, que iam de 250 mil a 500 mil toneladas. A ausência da China e o protagonismo da Holanda, com 116,8 mil toneladas, reforçam o cenário de demanda internacional fraca.