Fededarroz defende redução mais ampla na área plantada com arroz

A pressão dos preços baixos do arroz no mercado interno acendeu o alerta entre entidades representativas do setor. Diante do cenário de desvalorização, as lideranças sugerem que os produtores adotem uma estratégia de retração no cultivo do cereal para equilibrar a oferta e estimular a recuperação da renda no campo.

No Rio Grande do Sul, estado responsável por cerca de 70% da produção nacional, o Instituto Riograndense do Arroz (IRGA) já recomendou uma redução de 8% na área plantada. No entanto, para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Denis Dias Nunes, essa diminuição ainda é insuficiente.

“Precisamos tomar essa medida para recuperar o que se perdeu nesta safra. A redução é necessária para que o produtor consiga manter sua atividade de forma sustentável”, destacou Nunes em entrevista ao podcast Agrolink News Especial Expointer.

O dirigente ressaltou que o principal fator de preocupação é a queda no consumo interno do grão, que tem pressionado os preços recebidos pelos agricultores. A situação, segundo ele, gera insegurança entre os produtores, que enfrentam aumento nos custos de produção e margens cada vez mais apertadas.

Para enfrentar o desafio, o IRGA lançou a campanha “O Arroz é a energia que une o Brasil”, iniciativa que busca ampliar a valorização do produto gaúcho junto ao consumidor. A ação, apoiada pela Federarroz, pretende destacar a qualidade do arroz produzido no estado, além de reforçar sua importância na dieta alimentar do país.

Com as medidas sugeridas, as entidades esperam não apenas reequilibrar a oferta e a demanda, mas também recuperar a rentabilidade da lavoura e garantir o futuro da orizicultura gaúcha, que atravessa um momento de redefinição de estratégias.