Centro de produção de mudas da Coopaiba impulsiona renovação de coqueirais
Coopaiba realiza um trabalho intensivo de recuperação das áreas devastadas
Apostando na substituição de coqueirais mais antigos, desde os afetados pela seca de 2012, a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Economia Solidária (Coopaiba) realiza através de seu próprio centro de produção de mudas, um trabalho intensivo de recuperação das áreas devastadas visando a manutenção da atividade a longo prazo.
A cooperativa, segundo o seu presidente Antonino Carvalho, conseguiu produzir mais de 72 mil mudas desde 2015, e para o inverno deste ano pretende liberar mais 15 mil aos cooperados e produtores da região. Até 2023, a expectativa é bater o fornecimento de 400 mil mudas.
“Esse mudário é o futuro da cooperativa e é o futuro da produção de coco na região. Temos como resultado a recuperação de mais de 200 hectares de palmar renovado e expectativa para mais 150. Com esse trabalho vimos que o produtor se animou, e encontramos um atalho para manter a produtividade bem como esse agricultor estimulado por poder trabalhar com um material de excelência genética, certeiro”, destacou Antonino.
A variedade ofertada ao cooperado é o mestiço de gigante, conhecido como coco da Bahia. A distribuição acontece conforme a lei de política de mudas e sementes onde o produtor recebe a muda e deixa o coco adulto para que continue o ciclo de produção.
“No primeiro ano, compramos o coco de queda desses produtores e no ano seguinte quem vinha fazendo a retirada no mudário tinha que deixar o coco de equivalência em qualidade produtiva para o inverno seguinte. O produtor não paga pelo fornecimento”, informou Carvalho.
O produtor Walter Pacheco fez as contas, e segundo ele o fornecimento gratuito de mudas de genética através da Coopaiba gerou uma economia de seis mil reais para cada mil mudas.
“Se não estivesse na lei, o custo seria de R$ 8 para uma muda comum e de R$ 15 para uma muda de carga genética. É muito importante esse fomento, pois do ponto de vista da idade produtiva, economicamente, para o produtor, significa conferir estabilidade financeira. Isso porque o produtor pode produzir com seu coqueiro e já se pensa na próxima muda, aos pés dele, pronta para iniciar um novo ciclo”, apontou.
A fábrica de beneficiamento do coco da Coopaiba, em Piaçabuçu, absorve 60% da produção, que é oriunda dos municípios de Piaçabuçu, Penedo, Feliz Deserto e Igreja Nova.”Essa experiência com a produção da nossa própria muda nos torna ainda mais competitivo e mais preparados para explorar o potencial da região”, chamou atenção Antonino.