Geadas comprometem qualidade da mandioca
Santa Rosa registra impactos do frio

A colheita da mandioca segue em ritmo acelerado na região administrativa de Soledade, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (18) pela Emater/RS-Ascar. Os agricultores intensificam o trabalho de seleção e armazenamento das ramas, que serão utilizadas na multiplicação das plantas no próximo ciclo.
Em busca de garantir mudas mais resistentes, muitos produtores têm adquirido material de regiões livres de contaminação por bacterioses. No entanto, o cenário de mercado tem pressionado os preços. Em Mato Leitão, a caixa de 22 quilos é comercializada entre R$ 20,00 e R$ 25,00, com tendência de novas quedas, segundo o boletim da Emater.
Na região de Santa Rosa, os efeitos do frio intenso começam a impactar o desenvolvimento da cultura. O informativo destaca que a mandioca, por ser uma planta de origem tropical, tem sua atividade metabólica reduzida com as temperaturas baixas, o que limita o crescimento e a fotossíntese.
Nas áreas da Fronteira Noroeste e das Missões, as temperaturas chegaram a 5°C ou menos em alguns momentos, o que aumentou o risco de geadas leves. Os técnicos alertam que as geadas podem causar danos nas folhas e nos ramos, além de endurecer a casca e reduzir a qualidade da raiz, o que compromete a produtividade futura.
Apesar das temperaturas baixas, o tempo seco tem contribuído para manter o solo firme. Essa condição tem favorecido os tratos culturais e ajudado a prevenir doenças fúngicas.