CI

Mercado de milho segue travado no Sul e no Centro-Oeste

No Paraná, o ritmo também é lento



No Paraná, o ritmo também é lento No Paraná, o ritmo também é lento - Foto: Pixabay

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de milho permanece travado em importantes estados produtores, mesmo diante de uma safra recorde e das preocupações com o clima. No Rio Grande do Sul, a escassez de oferta mantém as negociações lentas. Produtores, em situação financeira mais confortável, optam por segurar o grão, dificultando o abastecimento, especialmente para o setor de rações. As cotações seguem estáveis, entre R$ 66,00 e R$ 69,00 nas principais praças, com preço na pedra a R$ 61,00 em Panambi. O mercado agora aguarda a chegada da safrinha, que começa a ser entregue em junho.

Em Santa Catarina, apesar da maior produtividade da história — com média de 9.717 kg/ha e expectativa de 2,4 milhões de toneladas —, o mercado também segue parado. A falta de acordo nos preços trava as negociações, com pedidos entre R$ 82,00 e R$ 85,00 e ofertas que não passam de R$ 80,00. A média estadual recuou para R$ 72,00. Mesmo com o cenário histórico de produtividade, os negócios devem permanecer lentos até que a oferta pressione os preços para baixo.

No Paraná, o ritmo também é lento. A colheita da segunda safra avança lentamente, com apenas 1% da área colhida até o final de maio, segundo o Deral. Apesar de uma safra recorde prevista, as geadas previstas e os danos causados pela estiagem preocupam. As cotações estão entre R$ 59,36 e R$ 61,46 por saca nas principais regiões. Já nos Campos Gerais, produtores pedem até R$ 80,00 FOB, enquanto compradores oferecem cerca de R$ 76,00. O mercado segue cauteloso, aguardando definições climáticas e de oferta.

Em Mato Grosso do Sul, a situação é semelhante. A oferta segue restrita e o mercado spot está parado. Os preços variam de R$ 55,00 a R$ 61,00 dentro do estado, enquanto no porto de Santos chegam a R$ 68,50. A preocupação se volta para o clima, com previsão de geadas entre o final de maio e início de junho, afetando lavouras em estágios críticos. Além disso, o mês de junho deve ser de clima seco, segundo o Inmet, o que pode acelerar a colheita, mas também elevar os riscos para a produtividade.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.