Soja dos EUA aposta em expansão sustentável na China

O CEO do U.S. Soybean Export Council (USSEC), Jim Sutter, relatou nesta semana, por meio de suas redes oficiais, o encontro de sua equipe com o novo embaixador dos Estados Unidos na China, David Perdue. A reunião, que também contou com a presença de Xiaoping Zhang, diretor do USSEC China, e Joe Dierickx, produtor de soja de Iowa e diretor do conselho do USSEC, destacou a importância histórica e o futuro promissor da soja norte-americana no mercado chinês.

De acordo com Sutter, a presença da soja dos EUA na China já ultrapassa três décadas, período em que o país asiático se consolidou como o maior importador mundial do grão, mesmo dobrando sua produção interna. Atualmente, cerca de 60% de toda a soja negociada no mundo tem como destino a China, e a projeção para 2025-26 é de um aumento adicional de 112 milhões de toneladas métricas na demanda. Para os Estados Unidos, esse mercado representa 23% da participação total no comércio de soja, com destaque para 56% do farelo e bolo de soja exportados.

O executivo enfatizou que a crescente classe média chinesa, estimada em quase 1,44 bilhão de consumidores, é um motor essencial para o fortalecimento da demanda por proteína de qualidade, seja em carnes, aves ou aquicultura. Além disso, cresce na China a preocupação com a sustentabilidade, o que abre novas frentes para a soja norte-americana, que conta com o Protocolo de Garantia de Sustentabilidade da Soja dos EUA (SSAP) e programas de rotulagem de produto sustentável.

“Indiscutivelmente, a China é um mercado importante para a família da soja dos EUA, e o USSEC está comprometido em continuar sendo um fornecedor e parceiro confiável para os clientes internacionais. Agradeço ao embaixador Perdue por dedicar seu tempo para conhecer mais sobre o longo relacionamento entre os EUA e a China no setor de soja e por discutir ideias para resolver a atual situação tarifária, que está impedindo a realização do comércio”, conclui.