Compras técnicas sustentam alta da soja
O contrato de novembro avançou 0,66%

A soja encerrou a sessão desta segunda-feira (09) em alta na Bolsa de Chicago, impulsionada por compras de oportunidade e pelas previsões de clima mais seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Segundo análise da TF Agroeconômica, os contratos futuros da oleaginosa reagiram após perdas recentes e encontraram sustentação em fatores técnicos e climáticos que podem comprometer a produtividade das lavouras americanas nesta reta final de ciclo.
O contrato de novembro avançou 0,66%, fechando a US$ 1.033,75/bushel, enquanto janeiro subiu 0,69%, cotado a US$ 1.052,75/bushel. No mercado de derivados, o farelo de soja para outubro registrou alta de 0,50%, a US$ 281,90/ton curta, e o óleo de soja subiu 0,33%, encerrando a US$ 50,98/libra-peso. O mercado aguarda que o próximo relatório do USDA traga redução na avaliação das lavouras em boas ou excelentes condições, refletindo o impacto do clima adverso.
Outro fator de suporte veio da China, que importou em agosto o recorde de 12,28 milhões de toneladas de soja, volume 5,2% acima do registrado em julho. Desse total, 86% tiveram origem no Brasil, reforçando a posição do país como principal fornecedor global da oleaginosa. A forte demanda chinesa, especialmente em um período de incertezas climáticas nos Estados Unidos, contribuiu para sustentar os preços em Chicago.
Por outro lado, elementos baixistas limitaram a recuperação. O início da colheita no sul dos EUA tende a trazer pressão sazonal, enquanto a ausência de compras chinesas de soja americana segue inédita para este período do ano, em meio às tensões comerciais entre Washington e Pequim. Esse cenário adiciona volatilidade ao mercado, que equilibra fatores altistas ligados à oferta e baixistas relacionados à demanda.