CI

Inverno aquece consumo de bergamotas no Rio Grande do Sul

Temperaturas baixas favorecem início da colheita da safra de bergamota



Foto: Seane Lennon

A safra de citros no Rio Grande do Sul deve alcançar 450 mil toneladas em 2024, conforme levantamento da Emater/RS-Ascar. O volume representa um aumento de 15,4% em relação ao ano anterior, marcado por chuvas intensas em maio de 2024. A produção envolve mais de dez mil famílias e abrange cerca de 25 mil hectares no estado, com destaque para bergamotas, laranjas e limões.

Com a chegada do inverno, a demanda por frutas cítricas aumenta, impulsionando o consumo e evidenciando a importância da citricultura gaúcha. A bergamota, produto tradicional no cotidiano da população do estado, ganhou espaço em feiras, mercados e celebrações, como na comemoração dos 70 anos da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar), realizada na última segunda-feira (2/6).

Montenegro, um dos principais polos citrícolas do estado, sediou em 23 de maio a 25ª edição da Abertura Estadual da Safra de Citros. O município é conhecido pela produção de bergamotas, utilizadas em diferentes receitas locais, como geleias, cucas e pudins. A produção da fruta reforça hábitos alimentares regionais e práticas agrícolas passadas de geração em geração.

Na região do Vale do Caí, a Bergamota Montenegrina é a segunda variedade mais cultivada no Rio Grande do Sul. Descoberta em 1940, a partir de uma mutação espontânea identificada por um agricultor de origem alemã, a fruta se destaca pelo sabor adocicado e aceitação no mercado.

“Em Montenegro, a estimativa da colheita da Bergamota Montenegrina é de quase 60 mil toneladas, além de 5,5 mil toneladas de laranjas e outras 400 de limões”, afirma a extensionista Luisa. Em 2024, o município destinou 3.330 hectares à citricultura, sendo 3 mil hectares para a bergamota. A produção abastece tanto o mercado interno quanto o externo, com frutas frescas, sucos e extratos, e representa cerca de 33% da produção estadual, concentrada no Vale do Caí.

A Bergamota Montenegrina tem ganhado reconhecimento pelo mercado consumidor e contribui diretamente para a economia regional. Sua valorização é resultado de investimentos em manejo sustentável, clima favorável e técnicas agrícolas aperfeiçoadas, consolidando a fruta como ativo estratégico da citricultura gaúcha.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.