Damping-off exige controle desde o plantio do algodão
Manejo reduz risco de tombamento em lavouras de algodão

A doença conhecida como Damping-off, também chamada de mela ou tombamento, representa um desafio para a cotonicultura brasileira. Segundo a engenheira agrônoma Gressa Chinelato, em artigo publicado no Blog da Aegro, o problema afeta as plântulas do algodoeiro, provocando o tombamento das plantas ainda nas fases pré e pós-emergência. Esse processo leva à morte das mudas e compromete o estande final da lavoura.
A doença tem origem em diferentes patógenos, sendo os mais recorrentes Rhizoctonia solani e Colletotrichum gossypii, com ampla distribuição nas regiões produtoras do país. “Trata-se de um problema recorrente nas lavouras de algodão e que pode comprometer o desenvolvimento inicial das plantas”, explica Chinelato.
As condições ambientais desempenham papel decisivo no desenvolvimento do Damping-off. A combinação de alta umidade e temperaturas entre 18°C e 30°C favorece a proliferação dos fungos. “As sementes contaminadas funcionam como principal fonte de inóculo da doença, o que torna o manejo adequado essencial desde a semeadura”, destaca a agrônoma.
Para conter o avanço da doença, algumas práticas são recomendadas. Chinelato ressalta a importância de utilizar sementes sadias, quimicamente deslintadas e tratadas com fungicidas. Além disso, é fundamental garantir o espaçamento adequado entre as plantas e adotar a rotação de culturas como estratégia preventiva.
A presença do Damping-off nas lavouras pode resultar em prejuízos econômicos diretos, com a necessidade de replantio e redução no potencial produtivo. Por isso, medidas preventivas devem fazer parte do planejamento das áreas de algodão.