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Milho: excesso de chuva atrasa colheita da safrinha

Preço do milho recua em parte do Centro-Oeste



Foto: Pixabay

A Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) informou, em análise divulgada nesta quinta-feira (26), que os preços do milho seguem estabilizados no Brasil. A média gaúcha está em R$ 63,41 por saca, enquanto as principais praças locais operam em torno de R$ 61,00. Em outras regiões do país, os valores recuaram, variando entre R$ 40,00 e R$ 64,00, com algumas localidades do Centro-Oeste registrando cotações abaixo de R$ 40,00 por saca.

No cenário de colheita, o avanço da safrinha 2025 segue comprometido pelo excesso de umidade. Segundo a AgRural, até 26 de junho, 13% da área havia sido colhida no Centro-Sul, abaixo dos 34% observados no mesmo período do ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que, até o dia 21, a colheita atingia 10,3% do total nacional, ante 17,5% na média das últimas cinco safras. Os maiores avanços foram registrados no Mato Grosso (27,6%), Tocantins (14,6%), Maranhão (11,4%) e Paraná (8,8%).

No Mato Grosso, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que a colheita chegou a 14,1% no início desta semana, bem abaixo dos 37,6% registrados no mesmo período de 2024. A média histórica é de 26,8%.

No Tocantins, o trabalho de campo teve início com boa produtividade. Até 13 de junho, cerca de 2,1% da área havia sido colhida. O estado plantou 440 mil hectares na segunda safra, 7% acima do ciclo anterior, e estima-se uma produção de 2,4 milhões de toneladas, com produtividade média de 90,3 sacas por hectare.

Enquanto a Conab projeta uma produção total de segunda safra em torno de 101 milhões de toneladas, a consultoria Agroconsult estima um volume superior, de até 123,3 milhões. Se esse número se confirmar, a produção total de milho no Brasil em 2025 poderá chegar a 148 a 150 milhões de toneladas.

A grande oferta, no entanto, não encontra contrapartida nas exportações. A Ceema alerta para o risco de forte pressão nos preços devido à lentidão nas vendas externas e aos gargalos logísticos. De acordo com os dados mais recentes, o Brasil exportou apenas 234.682 toneladas de milho nos 14 primeiros dias úteis de junho, o que representa uma queda de 60,6% na média diária em relação a junho de 2024. A projeção para o ciclo comercial 2025/26 é de que o Brasil exporte 48 milhões de toneladas até 31 de janeiro de 2026.

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