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Mercado do trigo segue pressionado

No Paraná, a falta de margens para os moinhos tem levado à redução da moagem



No Rio Grande do Sul, os preços no mercado físico giram entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00 a tonelada No Rio Grande do Sul, os preços no mercado físico giram entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00 a tonelada - Foto: Agrolink

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado do trigo no Sul do Brasil segue pressionado por uma combinação de fatores internacionais e locais. A queda dos preços FOB na Argentina, somada à valorização do real frente ao dólar, tem reduzido a competitividade do trigo importado. No entanto, mesmo com essas reduções, o trigo argentino ainda chega mais caro que o nacional, o que sustenta a demanda interna. 

No Rio Grande do Sul, os preços no mercado físico giram entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00 a tonelada no interior, enquanto compradores aguardam o fim do mês por possíveis ofertas menores. Já para a próxima safra, os preços de entrega em dezembro estão na casa dos R$ 1.340,00 sobre rodas no porto, mas os moinhos seguem fora das negociações. Em Panambi, os preços da pedra recuaram para R$ 73,00 a saca.

Em Santa Catarina, alguns volumes da safra velha foram negociados entre R$ 1.500 e R$ 1.520 FOB, enquanto o trigo gaúcho chega ao estado por R$ 1.560. A nova safra segue totalmente parada, sem ofertas nem procura. Os preços pagos ao produtor se mantiveram estáveis: R$ 78,00/saca em Canoinhas, R$ 75,00 em Chapecó (há três semanas), R$ 79,00 em Joaçaba (há quatro semanas), R$ 80,00 em Rio do Sul e Xanxerê, e R$ 78,00 em São Miguel do Oeste.

No Paraná, a falta de margens para os moinhos tem levado à redução da moagem. A cotação ficou em R$ 1.600,00 para os moinhos mais abastecidos, enquanto os vendedores ainda pedem entre R$ 1.650,00 e R$ 1.700,00 FOB, o que travou as negociações. O trigo importado chega aos moinhos dos Campos Gerais a US$ 310,00 (argentino) e US$ 290,00 (paraguaio). A ideia de preço futuro gira entre R$ 1.450 e R$ 1.500. Já os preços da pedra no estado subiram para R$ 80,16/saca, elevando o lucro médio do triticultor para 8,85%, ainda que abaixo dos 13,39% registrados anteriormente.
 

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