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Trigo segue travado no Sul

Na exportação, os preços para dezembro caíram para R$ 1.250,00



Na exportação, os preços para dezembro caíram para R$ 1.250,00 Na exportação, os preços para dezembro caíram para R$ 1.250,00 - Foto: Canva

O mercado de trigo segue travado nas principais regiões produtoras, com negociações pontuais e forte influência dos preços internacionais. Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul, as cotações para o trigo argentino com entrega em dezembro de 2025 recuaram R$ 52,34/t ou R$ 3,14/saca, refletindo a queda de US$ 6/t no valor FOB e a desvalorização de 1,08% do dólar. No mercado interno, compradores oferecem cerca de R$ 1.350,00 posto moinho na região de Porto Alegre/Canoas e Serra, e R$ 1.320,00 no centro do estado, com negócios pontuais a R$ 1.280,00 para embarque em agosto.

Na exportação, os preços para dezembro caíram para R$ 1.250,00, podendo chegar a trigo de ração com deságio de 20%, diante da ausência dos moinhos. No mercado catarinense, o cenário permanece travado, com operações apenas para suprir demandas imediatas. O excesso de trigo gaúcho no mercado mantém as cotações entre R$ 1.330,00 e R$ 1.360,00 FOB, mais frete e ICMS. A CONAB prevê queda de 6,3% na produção de Santa Catarina, mesmo com aumento de área, devido à redução de 8,1% na produtividade.

No Paraná, a combinação da queda do dólar e do preço do trigo argentino torna o produto importado mais competitivo. O mercado spot recuou para R$ 1.400,00 CIF e o futuro para R$ 1.300,00 CIF moinho, com negócios esporádicos envolvendo trigo paraguaio a R$ 1.440,00 CIF. A previsão de geadas e a chegada de mais trigo argentino devem manter pressão sobre os preços internos.

Apesar do cenário de cautela, o levantamento semanal no Paraná mostrou leve alta na média de preços pagos aos produtores, passando de R$ 75,88 para R$ 76,04/saca. Com custo médio de produção estimado em R$ 72,89/saca, o lucro do triticultor subiu para 4,32%. Ainda assim, o retorno é bem inferior às oportunidades já oferecidas pelo mercado futuro, que chegaram a 32,1% ao longo do ano.
 

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