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Frio e falta de forragem afetam pecuária de corte

Pecuaristas reforçam manejo em meio a clima seco



Foto: Pixabay

As condições dos rebanhos de corte no Rio Grande do Sul têm refletido os efeitos do clima frio e da oferta restrita de forragem. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (24) pela Emater/RS-Ascar, os pecuaristas intensificaram os cuidados sanitários e as estratégias de manejo para preservar a condição corporal dos animais diante das baixas temperaturas e da limitação dos campos nativos.

Segundo a Emater/RS-Ascar, foram adotadas práticas como vacinação contra clostridioses, desvermifugação, tratamento de ferimentos e controle de ectoparasitas. Também houve manutenção das estruturas nas propriedades, incluindo consertos de cercas e porteiras. As temperaturas baixas e as geadas contribuíram para a redução de parasitas no campo, mas, por outro lado, afetaram a qualidade das pastagens, o que comprometeu o escore corporal dos rebanhos, especialmente onde há excesso de lotação animal.

A entidade relata que, nas áreas mais afetadas, os produtores têm transferido os animais para campos com pastagens anuais ou fornecido alimentos conservados como silagem e feno. Na região administrativa de Bagé, a palha de arroz tem sido usada como suplemento, e houve aumento na procura por rações e farelos. Em São Gabriel, os pecuaristas optaram pela venda de parte do rebanho e buscaram áreas de arrendamento para aliviar a pressão sobre os pastos.

Em Caxias do Sul, a condição sanitária dos rebanhos é considerada adequada, mas a recuperação corporal dos animais tem sido limitada pelo atraso no crescimento das pastagens. Conforme a Emater/RS-Ascar, touros e vacas prenhes têm sido priorizados no pastejo de aveia e azevém. Em Erechim, o estado nutricional é considerado satisfatório, embora tenha havido perda de peso em áreas com alta lotação. Também foram registrados focos de bernes e carrapatos.

A Emater/RS-Ascar destaca que o desmame foi concluído na maioria das propriedades e houve movimentação intensa nos leilões de terneiros, novilhas e vacas prenhes. No entanto, no mercado de gado gordo, os preços recuaram em diversas categorias devido ao aumento da oferta.

Em Frederico Westphalen, o clima seco e ensolarado favoreceu o conforto térmico dos animais, embora tenha sido necessário suplementar a alimentação para manter a condição corporal. Em Passo Fundo, a limitação de volumoso reduziu o peso dos animais mantidos exclusivamente a pasto, e a comercialização segue praticamente estagnada. Em Pelotas, o uso de sal proteinado ajudou a minimizar perdas nutricionais.

Na região de Santa Maria, os animais em campos nativos perderam peso, enquanto os alocados em pastagens cultivadas apresentaram melhor desempenho, mesmo sem pleno desenvolvimento das forragens. Em Santa Rosa, a condição sanitária dos rebanhos permanece satisfatória. Em áreas com predominância de espécies nativas, houve intensificação na oferta de suplementos. Garruchos, Bossoroca e Santo Antônio registraram marcações e castrações em terneiros.

Em Soledade, a condição corporal dos rebanhos e o ganho de peso dos terneiros estão dentro do esperado, com predomínio de pastagens de aveia nas áreas ocupadas pelos lotes.

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