Greening ameaça produção de suco de laranja
A boa notícia vem dos avanços no controle do vetor

Com a queda na oferta global de suco de laranja, o Brasil se vê diante de um desafio crítico: conter o avanço do greening, também conhecido como HLB (Huanglongbing), que já devastou pomares na Flórida e agora ameaça o cinturão citrícola nacional. A doença, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus e transmitida pelo psilídeo-dos-citros (Diaphorina citri), não tem cura conhecida, e seu controle depende de ações rápidas e sustentáveis.
Segundo a Fundecitrus, a safra 2025/2026 no Brasil deve alcançar 314,6 milhões de caixas, muito acima das 11,6 milhões estimadas para os EUA, de acordo com o Citrus Forecast do USDA. Esse contraste reforça a liderança brasileira na produção mundial, mas também amplia a responsabilidade diante de uma cadeia pressionada por custos crescentes. Estimativas da Farm Atac indicam que o valor da tonelada de suco concentrado congelado (FCOJ) já supera os US$ 1.500, enquanto o custo por caixa pode passar dos R$ 45.
A boa notícia vem dos avanços no controle do vetor. Estudos conduzidos pela Farm Atac com os óleos essenciais NARÃ, LIIN e Mullach, da Hydroplan-EB, demonstraram que o uso combinado desses produtos com inseticidas convencionais potencializa a eficácia no combate às ninfas do psilídeo, elevando o controle de 24,4% para até 90,8%. Os produtos foram lançados em junho de 2025, representando uma inovação importante frente à emergência fitossanitária. “Utilizados nas doses corretas e de forma associada aos defensivos tradicionais, os produtos aumentaram o controle de ninfas de 24,4% para até 90,8%”, afirma Danilo Franco, responsável técnico pelo estudo. A empresa é especialista em soluções e também fertilizantes.