Tarifas são oportunidade para o Brasil
“O tarifaço dos EUA não é uma tragédia para o Brasil — é um despertar"
“O tarifaço dos EUA não é uma tragédia para o Brasil — é um despertar" - Foto: Pixabay
O aumento de até 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros, anunciado pelo governo dos Estados Unidos, é visto pelo Sebrae como uma oportunidade estratégica para fortalecer a economia nacional. A medida, em vez de representar uma ameaça, é interpretada como um estímulo ao patriotismo econômico e à busca por novos mercados internacionais.
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, o impacto da taxação tende a ser mais sentido pelos próprios americanos, enquanto o Brasil pode usar o momento para ampliar sua presença global. O bom desempenho da economia brasileira, reforça a confiança de que o país pode reagir com autonomia e criatividade.
“O tarifaço dos EUA não é uma tragédia para o Brasil — é um despertar. O Brasil é gigante, tem riqueza, povo empreendedor e vocação global. Chegou a hora de agir com patriotismo e coragem. Vamos crescer com essa situação, não tenha a menor dúvida, incluindo as nossas cadeias produtivas. Tenho certeza de que vamos ainda ter a abertura de novos mercados nesta economia globalizada e vamos entrar em outros territórios nos quais nunca pisamos”, apontou Décio. “O Brasil e a nossa economia são muito maiores do que isso. Essa é uma narrativa de taxação contra o Brasil e não podemos entrar numa onda perversa de pessimismo”, destacou.
Atualmente, os pequenos negócios são responsáveis por mais de 60% das vagas de emprego no Brasil e por um aumento expressivo na abertura de empresas, com mais de 2,6 milhões de novos CNPJs registrados somente em 2024. A expansão das exportações também tem sido significativa, com crescimento de 152% no valor comercializado por essas empresas nos últimos 10 anos.
Mesmo representando apenas 0,9% do valor total exportado, os pequenos negócios já compõem 41% do total de empresas exportadoras. O Sebrae vê nesse cenário uma chance concreta de reposicionar o Brasil no comércio exterior e fortalecer as cadeias produtivas internas, com foco em inovação, sustentabilidade e diversidade econômica.
“Lá, eles [americanos] não têm a criatividade que tem no Brasil. Por isso, estou muito convencido que isso tudo aí é para nos despertar. O que está faltando é acreditarmos em nós, acreditar inclusive, nessa produção extraordinária da pulverização econômica e nesse espírito empreendedor do povo brasileiro”, concluiu Décio Lima.
