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Chuvas intensas impactam a pecuária leiteira no RS

Preço médio do leite aumentou


Foto: Pixabay

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (09), as chuvas intensas e enchentes em várias regiões do Rio Grande do Sul têm causado sérios impactos na pecuária leiteira. O encharcamento das pastagens tornou o pastoreio inviável, comprometendo a oferta de alimento para o gado. Além disso, as enchentes dificultaram o acesso às propriedades, impedindo o transporte de leite e afetando a coleta e o escoamento da produção. A falta de energia elétrica também exigiu o uso de geradores em muitas áreas.

Na região de Bagé, os produtores de leite enfrentam desafios com a sequência de dias chuvosos, especialmente em pequenas propriedades sem silagem ou feno, onde as pastagens não são suficientes em volume e qualidade. Em Hulha Negra, estima-se uma perda de até 40% na produção entregue nos últimos 15 dias devido ao excesso de chuvas.

Em Caxias do Sul, a produção de leite foi impactada pelas chuvas excessivas, impedindo o acesso dos animais ao pasto para evitar danos às plantas. O consumo de silagem aumentou, tornando-se a principal fonte de volumoso disponível. Muitas pastagens em germinação sofreram lixiviação e precisam ser replantadas, se os produtores conseguirem sementes. Quedas de barreiras prejudicaram o transporte do leite, potencialmente impactando o preço devido ao uso de rotas alternativas.

Na região de Erechim, o excesso de chuva dificultou o manejo sanitário dos rebanhos leiteiros, aumentando os casos de mastite, lesões, laminite e problemas respiratórios.

Em Frederico Westphalen, as chuvas prejudicaram o pastejo dos animais e o recolhimento do leite, mas a situação foi normalizada com o retorno do sol e a melhoria das estradas.

Na região de Ijuí, apesar das condições adversas entre 29/04 e 05/05, a produção total de leite não foi significativamente impactada. O acesso às propriedades foi difícil, mas restabelecido rapidamente, preservando a qualidade do leite estocado.

Em Passo Fundo, a oferta de pastagens foi insuficiente, exigindo ajustes nas dietas e prejudicando a produção, especialmente em propriedades com poucos alimentos conservados.

Na região de Pelotas, as chuvas intensas inundaram áreas de pastagem, dificultando o acesso. Problemas no abastecimento de energia levaram ao uso de geradores para manter a ordenha e os resfriadores funcionando.

Em Rio Grande, a coleta de leite continua normal, mas as propriedades em áreas vulneráveis sofrem com inundações.

Em Porto Alegre, as condições gerais do rebanho são críticas, com perdas devido a afogamentos, especialmente nas regiões do Vale dos Sinos, Vale do Caí e Centro-Sul. Estima-se que mais de 50% da produção não está sendo escoada.

Na região de Santa Maria, as pastagens foram submersas pelas enchentes, prejudicando a alimentação dos rebanhos e resultando em perdas de animais.

Em Santa Rosa, o excesso de barro provocou lesões nos cascos das vacas, reduzindo o pastejo e aumentando o uso de silagem na dieta, o que levou a uma queda na produtividade. O alagamento de estradas e a destruição de pontes impediram a coleta de leite em diversas propriedades, exigindo rotas alternativas. Áreas de armazenamento de milho silagem foram afetadas, comprometendo a disponibilidade de alimentos. Os trabalhos de corte de silagem de milho foram interrompidos.

O levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar indicou que o preço médio do leite aumentou 0,99%, de R$ 8,06 para R$ 8,14. Já o preço da vaca para abate aumentou 0,56%, de R$ 7,08 para R$ 7,12/kg vivo.

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