Doenças fúngicas no milho podem reduzir a colheita em 50%
A interação entre conhecimento técnico e experiência prática é fundamental

A engenheira agrônoma Djaia Mussengue alerta para os riscos silenciosos das doenças fúngicas nas lavouras de milho, destacando que sintomas muitas vezes discretos nas folhas podem esconder ameaças graves à produtividade. Em publicação recente, Djaia compartilhou imagens captadas em campo, mostrando sinais clássicos de duas doenças comuns: a ferrugem comum e a mancha foliar de Turcicum, ambas capazes de comprometer até metade da produção se não forem controladas a tempo.
A ferrugem comum (Puccinia sorghi) manifesta-se por meio de pequenas pústulas alaranjadas que liberam esporos com facilidade e se espalham rapidamente pelas folhas. Já a mancha foliar de Turcicum (Exserohilum turcicum) é identificada por lesões ovais e escuras, que crescem longitudinalmente e acabam por deixar a folha com aspecto queimado. Segundo a especialista, essas infecções afetam diretamente a capacidade fotossintética da planta, resultando em menor vigor e produtividade.
Além dos danos visíveis, essas doenças prejudicam o enchimento dos grãos e aumentam os custos de produção, exigindo o uso estratégico de fungicidas e práticas integradas de manejo. Monitoramento constante, escolha de cultivares resistentes e rotação de culturas são algumas das ações recomendadas para reduzir a incidência.
Djaia encerra com um convite ao diálogo entre profissionais do campo: “Agrônomos, produtores e amantes da agricultura, vocês já viram algo parecido nas lavouras? Que estratégias de controle adotaram?”. A interação entre conhecimento técnico e experiência prática é fundamental para minimizar os prejuízos e garantir colheitas mais saudáveis.