Milho recua na B3 e em Chicago com avanço da safrinha
Nos fechamentos do dia, os contratos futuros tiveram recuos expressivos

As cotações do milho voltaram a recuar na B3 nesta quarta-feira (28), após duas sessões consecutivas de alta. Segundo informações da TF Agroeconômica, o início da colheita da safrinha no Brasil trouxe incertezas ao mercado, principalmente quanto ao destino da produção, para saber se será majoritariamente direcionada à exportação ou ao mercado interno, que vem ganhando espaço ano após ano.
Outro fator que pesa sobre as negociações é a diferença entre os preços físicos e futuros. Enquanto o índice Cepea acumula queda de 13,37% desde o início do mês, os contratos na B3 recuam 5,41% no mesmo período. A tendência, segundo analistas, é que o mercado busque estabilidade quando esses valores se aproximarem.
Nos fechamentos do dia, os contratos futuros tiveram recuos expressivos: julho/24 fechou a R$ 63,65, queda de R$ 0,82 no dia e na semana; setembro/24 encerrou a R$ 64,60, queda diária de R$ 1,20 e semanal de R$ 1,54; e setembro/25 caiu para R$ 68,29, recuo de R$ 0,88 no dia e de R$ 0,86 na semana.
Na Bolsa de Chicago, a TF Agroeconômica indica que o milho também registrou baixas, pressionado pelo rápido avanço do plantio nos Estados Unidos, que já alcança 87%, superando o ritmo do ano passado e da média histórica, o que projeta uma das maiores safras americanas. Apesar do USDA ter divulgado avaliações de qualidade abaixo das expectativas, o mercado focou nas previsões de chuvas para o Meio-Oeste, que devem reduzir o estresse das lavouras. Os contratos de julho caíram 1,85%, a US$ 4,51 por bushel, e os de setembro recuaram 0,92%, a US$ 4,29 por bushel.