Soja fecha em alta em Chicago, mas acumula queda na semana
O movimento de recuperação do dia foi estimulado por fatores pontuais

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira (28) em alta, impulsionados por compras de oportunidade, após uma sequência de cinco quedas consecutivas. No entanto, o movimento positivo do dia não foi suficiente para reverter as perdas acumuladas ao longo da semana. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 0,49%, ou 5,00 cents/bushel, fechando a US\$ 1.027,75. Já o contrato de agosto subiu 0,54%, ou 5,50 cents/bushel, encerrando a US\$ 1.033,25.
O movimento de recuperação do dia foi estimulado por fatores pontuais como a melhora da paridade do dólar frente ao real, uma compra expressiva de 119 mil toneladas por parte do México e a decisão do governo argentino de aumentar as tarifas sobre exportações do complexo soja. O mercado também se reposicionou diante da expectativa pelo relatório de estoques e área plantada que será divulgado pelo USDA nesta segunda-feira, o que contribuiu para a tração nos preços.
Apesar da alta diária, a semana foi de perdas para os derivados da oleaginosa. O contrato de farelo de soja para julho avançou modestamente 0,07% ou US\$ 0,20/ton curta no dia, a US\$ 271,10, mas encerrou a semana com queda acumulada de 4,58% (US\$ 13/ton curta). Já o óleo de soja caiu 0,13% no dia, cotado a US\$ 52,45/libra-peso, acumulando recuo semanal de 3,71%, ou US\$ 2,02/libra-peso. Com os preços pressionados, o mercado segue atento aos próximos movimentos dos fundamentos, especialmente no que se refere à nova safra dos Estados Unidos e ao comportamento da demanda global.