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Onda de frio deve chegar no país

Previsão indica queda acentuada nas temperaturas, com possibilidade de geadas


Chuvas e frio no centro-sul, enquanto o centro do país ainda segue sob efeitos do bloqueio atmosférico Chuvas e frio no centro-sul, enquanto o centro do país ainda segue sob efeitos do bloqueio atmosférico - Foto: Canva

O grande destaque da semana será o avanço de uma intensa massa de ar polar, na retaguarda de uma frente fria. As temperaturas entram em declínio já na noite de terça (14), migrando para uma madrugada gelada na quarta-feira (15), com previsão de geadas e temperaturas próximas dos zero graus nas zonas mais frias da região sul.

A massa de ar frio avança até o Centro-Oeste e áreas do sudeste do Sudeste. Portanto o Bloqueio Atmosférico e as temperaturas elevadas ainda devem persistir no Brasil Central, ainda que seja esperado um ligeiro refresco nas temperaturas.

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Em relação às chuvas, o avanço de uma frente fria, deve levar as instabilidades até o sul da região Centro-Oeste, porém os maiores volumes devem se concentrar em áreas no Sul do Brasil.

Já na faixa Norte do país, as instabilidades tropicais devem garantir grandes volumes de chuva no decorrer do período, com acumulados que podem superar a marca dos 170 mm no decorrer do período. As chuvas também devem ser regulares em áreas do norte e leste do Nordeste.

 

No Agro

A persistência das chuvas em alguns dias no decorrer desta semana ainda devem impedir os trabalhos em campo em áreas do Rio Grande do Sul. Algumas lavouras, como soja, milho e arroz, sofreram danos irreversíveis em função das enchentes, e as operações de colheita e plantio estão paralisadas. O que pode ocasionar atrasos no plantio do trigo no estado gaúcho.

Já as lavouras de segunda safra no Brasil central enfrentam um problema oposto: a falta de chuvas. Algumas regiões já passam por mais de 30 dias sem o registro de precipitações, o que está afetando de forma significativa o milho safrinha, segunda safra de feijão e o desenvolvimento inicial do trigo no cerrado.

As lavouras que estão se beneficiando das condições de tempo mais secas são de café, que estão sendo colhidas, cana-de-açúcar, e algodão.

O algodão, plantado no início da janela de plantio teve o seu desenvolvimento com chuvas dentro da necessidade hídrica da cultura e neste momento, no qual as lavouras avançam entre a maturação e colheita, o tempo mais seco também é positivo para a qualidade da fibra.

 

VEJA O MAPA E AS TABELAS DE PREVISÃO

Sul 

A região ainda deve registrar algumas instabilidades expressivas ao longo da semana. A formação de um sistema de baixa pressão ao longo da costa nordeste do Rio Grande do Sul traz a possibilidade de chuvas intensas e contínuas, principalmente no nordeste do estado em área que foram acometidas pelas últimas enchentes. Essas precipitações podem se estender até a Serra Gaúcha, impactando também o sul de Santa Catarina com chuvas moderadas. Esses eventos estão associados à passagem de uma frente fria, que deve acentuar as chuvas na região. Espera-se que as instabilidades ocorram também na metade leste do Paraná, avançando pontualmente em setores do norte, aliviando a forte estiagem na região.

No que diz respeito às temperaturas, a passagem desta frente fria dará início a uma onda de frio intensa, com as temperaturas despencando para marcas significativamente baixas. Na Serra Catarinense, as temperaturas mínimas podem alcançar valores próximos de zero, especialmente durante a madrugada e amanhecer de quarta (15). Esta queda acentuada de temperatura é esperada não apenas nas áreas serranas, mas também em partes mais amplas do Sul, com geadas previstas em várias localidades.

Sudeste  

As chuvas ainda serão escassas em grande parte da região, com exceção de áreas mais próximas ao litoral e sobre o estado de São Paulo, devido ao avanço de uma frente fria. A atuação do “Bloqueio Atmosférico” manterá o tempo firme e seco, especialmente em Minas Gerais e Noroeste Paulista, onde a probabilidade de chuva é ainda menor. Em São Paulo e Rio de Janeiro, o avanço de frentes frias pelo oceano pode trazer chuvas mais significativas, especialmente nas áreas litorâneas, resultando em acumulados na ordem dos 100 mm no estado Paulista.

Quanto às temperaturas, espera-se uma leve queda após o avanço da frente fria, embora o frio intenso seja restrito ao Sul do país. No Sudeste, as temperaturas serão amenas, com máximas e mínimas moderadas para a época do ano. À noite, as temperaturas podem cair um pouco mais, especialmente em áreas de maior altitude, como a Serra da Mantiqueira. No entanto, não são esperadas quedas drásticas de temperatura.

 

Centro-Oeste 

A atuação do ”bloqueio atmosférico” contribui com a condição de tempo firme, impedindo a formação de nuvens carregadas. A previsão é de tempo seco, particularmente sobre o estado de Goiás, e leste de Mato Grosso. No entanto, o avanço de uma frente fria pode contribuir com o retorno de algumas instabilidades de forma isolada e passageira, especialmente no sul de Mato Grosso do Sul, com acumulados de até 40 mm no decorrer do período. Já as instabilidades tropicais devem favorecer a formação de nuvens carregadas no extremo norte de Mato Grosso, com previsão de até 50 mm em alguns pontos.s

Quanto às temperaturas, elas se mantêm elevadas durante o dia em grande parte da região, com máximas atingindo valores acima da média para esta época do ano, na casa dos 33 ~35°C. No entanto, o avanço mencionado da frente fria pode levar a uma leve queda nas temperaturas noturnas no sul de Mato Grosso do Sul, proporcionando um alívio do calor intenso, com mínimas na casa dos 13 ~15°C, especialmente na madrugada de quarta-feira (15). Nas demais áreas, incluindo o Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, espera-se que as temperaturas continuem altas, com mínimas que raramente descem abaixo dos 20°C e máximas que podem superar os 30°C, mantendo o clima quente e seco típico da estação.

 

Nordeste  

Espera-se que as precipitações sejam influenciadas principalmente pelas instabilidades oceânicas, conhecidas como “ondas de leste”. Estados como Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte devem registrar os maiores volumes, variando entre os 50 e 70 mm. Enquanto a Bahia, devido à presença do “bloqueio atmosférico” no Brasil central, terá pouca ou nenhuma chuva, mantendo-se majoritariamente seca durante o período. Áreas do norte do Maranhão, Piauí e Ceará também devem seguir registrando chuvas mais volumosas, em função das instabilidades tropicais.

Em relação às temperaturas, a região não deve experimentar grandes variações, mantendo-se dentro dos padrões esperados para esta época do ano. As temperaturas máximas deverão ser confortáveis, variando entre 26ºC e 31ºC durante o dia, enquanto as mínimas à noite podem cair um pouco, especialmente em áreas mais elevadas do interior, como na região do agreste, onde podem oscilar entre 18ºC e 23ºC.

 

Norte   

A previsão do tempo destaca um cenário de chuvas frequentes e significativas, particularmente em Roraima, meio-norte do Amazonas,  extremo norte do Pará e Amapá. Este padrão é sustentado pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que traz umidade intensa do Oceano Atlântico, favorecendo a formação de nuvens carregadas. Espera-se que as chuvas sejam mais intensas durante as tardes e noites. As áreas mais chuvosas devem receber acumulados entre os 150 a 200 mm no decorrer da semana.

Quanto às temperaturas, a região Norte manterá seu clima típico, com pouca variação entre as menores e maiores temperaturas. As máximas devem oscilar entre 30°C e 35°C em grande parte da região, enquanto as mínimas giram em torno dos 22°C a 25°C.

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