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Estoques em queda e clima incerto: soja entra em zona de atenção global

Incertezas climáticas no Brasil reposicionam cotações e abrem janela de oportunidade



Foto: Pixabay

Redução na produção dos EUA, apetite do biodiesel e incertezas climáticas no Brasil reposicionam cotações e abrem janela de oportunidade — ou risco.

De acordo com dados da Grão Direto, a semana foi marcada por forte valorização da soja em Chicago. O corte de 1,16 milhão de toneladas na estimativa de produção dos EUA pelo USDA, somado a sinais de reaproximação diplomática entre Estados Unidos e China, impulsionou os contratos futuros. O setembro/25 fechou a US$ 10,23/bushel, alta de 5,79% na semana.

Mas o cenário positivo nos EUA tem contrapesos importantes. A cotação do dólar em queda (R$ 5,40) e o clima seco no Brasil — em um momento crucial de preparação para o plantio — elevam a tensão no mercado físico. Qualquer atraso nas chuvas pode trazer instabilidade, já que a safra brasileira é peça-chave no abastecimento global.

Além disso, os estoques de óleo de soja nos EUA atingiram o menor patamar em 21 anos, resultado da demanda aquecida do setor de biocombustíveis. Em julho, o esmagamento de soja foi recorde, sinalizando escassez de derivados.

Clima no Brasil pode inverter tendência

Com o fim do vazio sanitário em setembro, o plantio da soja no Centro-Oeste depende da regularização das chuvas. As previsões indicam volumes ainda insuficientes. A instabilidade climática, típica desta época, pode ser fator decisivo nas próximas semanas.

Segundo a Grão Direto, a combinação entre fundamentos positivos nos EUA e riscos climáticos no Brasil pode manter a soja em trajetória de alta — mas o viés de volatilidade é crescente.

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