Milho fecha em alta na B3: Entenda
O mercado doméstico se descolou das cotações internacionais em Chicago

De acordo com informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 encerraram a terça-feira (27) em alta, impulsionados pelo anúncio de controle do foco de gripe aviária no município de Montenegro (RS). A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante audiência pública no Senado. Com isso, cresce a expectativa de retomada das exportações, agora com possíveis restrições limitadas apenas ao Rio Grande do Sul ou à cidade afetada.
O mercado doméstico se descolou das cotações internacionais em Chicago e do câmbio. Compradores já começaram a se reposicionar diante desse novo cenário. Além disso, o início da colheita do milho safrinha no Brasil, ainda que tímido, promete aumentar a disponibilidade do grão nas próximas semanas, o que pode gerar pressão nos preços, mas também fortalecer a competitividade brasileira frente às exportações americanas.
Na B3, os contratos fecharam em alta: julho/25 encerrou a R$ 64,47, com avanço diário de R$ 0,87 e semanal de R$ 1,50. Setembro/25 subiu R$ 0,60 no dia, fechando a R$ 69,17, acumulando alta de R$ 1,52 na semana. Já o contrato novembro/24 subiu R$ 0,89, cotado a R$ 65,80, alta semanal de R$ 1,49.
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho encerrou em queda, pressionado pelo avanço do plantio nos EUA, pela colheita da safrinha no Brasil e pelo aumento na produtividade europeia, que deve ser 10,53% superior à da temporada anterior. A cotação de julho ficou estável em US$ 459,50, enquanto setembro caiu 0,91%, fechando a US$ 433,75 por bushel. As exportações norte-americanas, embora robustas, recuaram 18,18% na comparação semanal.