Milho cai na B3: Entenda
O novembro/25 encerrou a R$ 66,81, baixa de R$ 0,16 no dia

O mercado de milho encerrou a quinta-feira (14) em queda na B3, pressionado pela revisão positiva da produção brasileira feita pela Conab. Segundo informações da TF Agroeconômica, o órgão elevou a estimativa para a safra 2024/25 de 132 milhões para 137 milhões de toneladas, após reajustar o milho safrinha de 104 para 109 milhões de toneladas. Analistas brasileiros ainda projetam números maiores, entre 112 e 115 milhões de toneladas, apoiados nos bons rendimentos e no clima favorável.
Na B3, o contrato setembro/25 fechou a R$ 64,51, com queda de R$ 0,34 no dia e R$ 1,32 na semana. O novembro/25 encerrou a R$ 66,81, baixa de R$ 0,16 no dia e R$ 1,14 na semana, enquanto o janeiro/26 subiu R$ 0,09 no dia, cotado a R$ 70,09, mas ainda acumulou queda de R$ 0,38 na semana. No cenário internacional, a Bolsa de Rosário indicou que a Argentina pode aumentar a produção de milho na temporada 2025/26, com expectativa de elevação da área entre 15% e 20%, o que pode ampliar a concorrência no Cone Sul.
Em Chicago (CBOT), os preços tiveram comportamento misto. O contrato setembro, referência para a safrinha brasileira, subiu 0,27% (US$ 1,00), fechando a US$ 375,00/bushel. Já o dezembro permaneceu estável a US$ 397,25/bushel. A alta foi sustentada por um relatório robusto de vendas para exportação, que superou os efeitos negativos da projeção de safra recorde nos EUA, estimada em 425 milhões de toneladas.
A meta americana de exportar 67 milhões de toneladas de milho exigirá embarques médios de 1,4 milhão de toneladas por semana no próximo ciclo, um desafio adicional diante da expectativa de aumento de produção no Brasil e na Argentina, o que reforça o quadro de ampla oferta global no curto e médio prazo.