O futuro do crédito é digital e inclusivo
Esse novo modelo permite analisar o comportamento financeiro em tempo real

Nos últimos anos, o acesso ao crédito no Brasil tem avançado, mas ainda não acompanha a velocidade exigida pelo mercado e pelos consumidores. Segundo Bruno Chan, CEO e cofundador da Klavi, com o avanço do Cadastro Positivo e a consolidação do Open Finance, o país vive um momento de transformação rumo a um sistema de crédito mais justo, baseado em dados transacionais e inteligência artificial.
Esse novo modelo permite analisar o comportamento financeiro em tempo real, oferecendo uma avaliação de risco mais precisa e personalizada, o que amplia o acesso para públicos antes excluídos, como autônomos e pequenos empreendedores. A IA preditiva e o machine learning desempenham papel fundamental ao automatizar a análise e permitir ajustes dinâmicos nos limites de crédito.
Além disso, a combinação da inteligência artificial com dados alternativos possibilita a hiperpersonalização dos produtos financeiros, entregando ofertas alinhadas ao momento de vida e às necessidades específicas de cada cliente, com experiências contextualizadas em tempo real.
Embora haja desafios, como a necessidade de infraestrutura tecnológica robusta e profissionais especializados, o Brasil tem potencial para liderar essa transformação, aproveitando sua população digitalizada e um ecossistema regulatório avançado. O crédito do futuro, na visão de Bruno Chan, será movido por dados, tecnologia e empatia, promovendo inclusão financeira com ética e transparência.
“Com uma população digitalizada, um ecossistema regulatório maduro e uma cultura de inovação crescente, o Brasil tem as condições ideais para liderar essa transformação. Não se trata apenas de evoluir tecnologicamente, mas de redefinir o papel do crédito na vida das pessoas. Quem entender isso agora, estará não só preparado para o futuro — mas ajudando a construí-lo”, conclui.