Milho safrinha 2026: tecnologia deve ser mantida
Ainda há mais de 50% do fertilizante e da semente em aberto

O milho safrinha 2026 apresenta perspectivas positivas para manutenção dos investimentos em tecnologia, segundo Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado. Fatores como boas produtividades, preços atrativos do cereal e a redução nos preços de fertilizantes, especialmente a Ureia, abrem uma janela de oportunidades para os produtores brasileiros.
Ainda há mais de 50% do fertilizante e da semente em aberto, além de mais de 60% do defensivo disponível, permitindo que o agricultor invista de forma razoável na cultura e busque melhores resultados na produtividade.
No entanto, a crise de crédito no país pode limitar alguns investimentos, exigindo que cada produtor e sua equipe técnica avaliem o cenário antes de definir ajustes na tecnologia aplicada. “Obviamente, cabe também ponderar alguns fatores. O principal deles é que vemos uma crise de crédito grande no país. Isso pode ser um limitador, sem dúvida. Porém, olhando para uma média, existe a possibilidade de vermos o produtor mantendo a tecnologia, até mesmo buscando aumentar a produtividade para ter melhores lucratividades”, indica.
Além do milho, Souza participou recentemente de um evento técnico do girassol promovido pela Caramuru Alimentos S.A., em Itumbiara (GO), que reuniu mais de 400 pessoas. O analista destacou o crescimento da cultura na região e seu potencial para diversificação da produção agrícola em Goiás.
“A decisão final sempre é daquele que produz. Ele precisa ter um embasamento técnico para pensar em reduções, e não sou eu a pessoa que irá dizer se ele tem que reduzir ou não. A resposta precisa sair dele e de sua equipe técnica. Mas, enfim, o desafio que temos pela frente realmente é o crédito”, conclui.