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Soja mista na Bolsa de Chicago

O cenário baixista predominou devido à melhora na avaliação das lavouras americanas



O cenário baixista predominou devido à melhora na avaliação das lavouras americanas pelo USDA O cenário baixista predominou devido à melhora na avaliação das lavouras americanas pelo USDA - Foto: Leonardo Gottems

A Bolsa de Chicago (CBOT) registrou movimentos mistos para a soja nesta terça-feira (29), refletindo a combinação de boa evolução da safra nos EUA e sinais de demanda internacional enfraquecida. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, encerrou o dia em baixa de 0,71% (–7,00 cents/bushel), a US$ 981,75. Já o contrato de setembro caiu 0,30% (–3,00 cents), a US$ 989,50. O farelo de soja agosto recuou 1,21% (–US$ 3,20/ton curta), a US$ 261,70, enquanto o óleo de soja subiu 1,75% (+US$ 0,99/libra-peso), fechando em US$ 57,54.

O cenário baixista predominou devido à melhora na avaliação das lavouras americanas pelo USDA, que aumentou a classificação da soja em boa ou excelente condição, contrariando a expectativa do mercado. Além disso, a demanda internacional segue morna, com a União Europeia reduzindo suas compras da oleaginosa — mesmo tendo o Brasil como principal fornecedor. A situação reflete um movimento de diversificação de origens por parte dos compradores globais.

As incertezas comerciais seguem pesando sobre o mercado, especialmente diante das negociações entre Estados Unidos e China, com expectativa de prorrogação da trégua tarifária por mais 90 dias. Ao mesmo tempo, processadoras chinesas enfrentam excesso de farelo e óleo de soja nos estoques e passaram a vender óleo com desconto para a Índia, que comprou um volume recorde de 150 mil toneladas do produto.

Por fim, as dúvidas quanto ao futuro das relações comerciais entre Estados Unidos e União Europeia também afetam os preços. Autoridades francesas classificaram o recente acordo agrícola como uma submissão do bloco europeu aos interesses dos EUA, o que amplia o clima de instabilidade no comércio internacional de grãos.

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