Mercados agrícolas iniciam o dia com movimentos distintos
A soja apresenta leve baixa em Chicago

Nesta quarta-feira (3), os mercados de commodities agrícolas registram tendências mistas na abertura das negociações. Segundo informações da TF Agroeconômica, o trigo opera em leve alta nos Estados Unidos, impulsionado por proteções de investidores após recentes quedas, mas enfrenta pressão devido à entrada de suprimentos do Hemisfério Norte, à força do dólar frente ao euro e ao ritmo acelerado da colheita de primavera, que já atingiu 72% da área adequada, conforme dados do USDA. No Brasil, os preços de referência CEPEA apontam R$ 1.408,24 em Paraná e R$ 1.282,12 no Rio Grande do Sul, ambos em leve retração diária e mensal.
A soja apresenta leve baixa em Chicago, refletindo as chuvas no Cinturão Central e Oriental da soja/milho e a persistente falta de interesse da China pelo grão americano. De acordo com a TF Agroeconômica, o USDA ajustou a proporção de soja em boas/excelentes condições de 69% para 65%, igualando-se ao índice de 2024, mas abaixo da média prevista pelos investidores. Nos principais estados produtores, Illinois e Iowa, as condições caíram de 58% para 53% e de 79% para 77%, respectivamente, enquanto 94% das lavouras já formam vagens e 11% estão perdendo folhas.
O milho encerra o dia com leves perdas em Chicago após três sessões consecutivas de alta, reflexo da realização de lucros e do avanço da colheita no sul dos Estados Unidos. A TF Agroeconômica destaca que o USDA reduziu a proporção de milho em boas/excelentes condições de 71% para 69%, superando o índice de 65% do ano passado e alinhado à previsão do setor privado. Nos estados de Iowa e Illinois, 84% e 55% das lavouras estão em boas/excelentes condições, respectivamente, e 90% das plantas já passaram da fase de grãos leitosos.
No cenário internacional, os preços do trigo na Argentina e no Paraguai se mantêm estáveis, enquanto a soja no Paraguai sofre queda significativa, refletindo a menor demanda e ajustes de mercado. O milho, por sua vez, mostra pequenas variações nos valores de referência em diferentes regiões do Paraguai, com destaque para o desempenho das exportações americanas que ainda exerce suporte ao mercado.