Custos do milho de alta tecnologia recuaram em maio
Insumos mais baratos reduziram o custeio no Mato Grosso

O custo de produção do milho de alta tecnologia em Mato Grosso apresentou leve queda em maio. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base nos dados do Projeto Campo Futuro (CPA-MT), o valor do custeio para a safra 2025/26 ficou em R$ 3.216,06 por hectare, o que representa uma redução de 0,29% em relação a abril.
De acordo com o Imea, a retração foi influenciada pela queda nos preços de insumos essenciais. “A redução nos custos das sementes, que recuaram 0,54%, dos corretivos de solo, com queda de 0,22%, e dos macronutrientes, que tiveram diminuição de 0,24%, contribuíram diretamente para a baixa no custeio”, destacou o instituto.
Com essa redução, o Custo Operacional Efetivo (COE) também apresentou recuo de 0,19% no comparativo mensal, atingindo R$ 4.706,30 por hectare. Por outro lado, o Custo Total (CT) registrou uma leve alta de 0,07%, fechando o mês em R$ 6.638,14 por hectare.
Segundo o Imea, esse aumento no CT foi puxado principalmente pelos acréscimos nos custos relacionados à terra, ao capital circulante e aos equipamentos agrícolas. “O custo de oportunidade da terra subiu 0,37%, enquanto o capital circulante e as máquinas e equipamentos tiveram elevações de 1,52% e 1,50%, respectivamente. Esses aumentos refletem os impactos da alta na Taxa Selic”, informou a análise.
Para cobrir o COE na próxima safra, o produtor precisará vender o milho a pelo menos R$ 40,33 por saca, considerando a produtividade média das últimas três safras, estimada em 116,7 sacas por hectare.