Soja reage em Chicago; milho se mantém estável
Relatório elevou a produtividade média da soja nos Estados Unidos

Os contratos futuros da soja em Chicago registraram alta de 5,6% na última semana, com o contrato de setembro encerrando a US$ 10,22 por bushel. Segundo a StoneX, o movimento foi impulsionado tanto por uma postagem de Donald Trump sugerindo maior compra chinesa quanto pelo relatório de agosto do USDA (WASDE), que trouxe ajustes relevantes para a oleaginosa.
O relatório elevou a produtividade média da soja nos Estados Unidos para 3,6 t/ha, mas reduziu em um milhão de hectares a área plantada, o que levou a uma queda na produção projetada, agora estimada em 116,8 milhões de toneladas. No Brasil, o plantio da nova safra deve começar em setembro, inicialmente em Mato Grosso e Paraná, mas sua evolução dependerá do regime de chuvas. As exportações brasileiras seguem consistentes, com expectativa de atingir 80 milhões de toneladas em 2025, tendo a China como principal destino.
No caso do milho, os preços encerraram a semana próximos da estabilidade. O contrato de dezembro/25 em Chicago foi negociado a US¢405,25/bu, com leve recuo de 0,1%. O relatório do USDA reforçou a projeção de safra recorde nos EUA, adicionando 26,3 milhões de toneladas à produção do país, resultado de acréscimos na área plantada e na produtividade, o que inicialmente pressionou as cotações.
Apesar da queda pontual, os preços se recuperaram nos dias seguintes. No Brasil, o contrato de novembro/25 na B3 encerrou a R$67,43/saca (-0,3%), enquanto o mercado físico permaneceu estável na maioria das praças monitoradas pela StoneX. A comercialização ainda avança lentamente, o que contribui para sustentar as cotações no mercado interno.