Milho recua na B3 e em Chicago

Os contratos futuros do milho fecharam o pregão desta segunda-feira (22) em campo misto na B3, com predomínio de leves baixas, influenciados pela desvalorização do dólar e pela queda em Chicago. Segundo informações da TF Agroeconômica, os vencimentos de 2025 e do segundo semestre de 2026 registraram perdas, enquanto os contratos de março e maio de 2026 avançaram mais de 1%.

No mercado internacional, o milho negociado na CBOT também recuou. A cotação de setembro caiu 1,16%, fechando a $ 403,75 por bushel, enquanto dezembro teve baixa de 1,29%, a $ 422,25. A pressão veio das boas condições climáticas no cinturão do milho dos EUA, que favoreceram a polinização, além do avanço da colheita da segunda safra brasileira. De acordo com o analista Bryce Knorr, a expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos e no Brasil levanta preocupações logísticas, como o armazenamento e o escoamento.

Apesar do cenário de baixa nos contratos futuros, o mercado físico apresentou sinais de recuperação. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o ritmo de exportações cresceu 70,99% nos últimos dias, com média diária de 64,3 mil toneladas embarcadas. O indicador do Cepea também apontou uma interrupção na queda dos preços em algumas regiões, impulsionada pela retração de vendedores e pela baixa liquidez no mercado spot. Mesmo com a colheita avançando, a demanda se mantém cautelosa diante da previsão de safra volumosa.

Nos fechamentos do dia na B3, o contrato de setembro/25 encerrou a R$ 65,10 (-R$ 0,38 no dia, +R$ 0,99 na semana), novembro/25 a R$ 68,18 (-R$ 0,07 no dia, +R$ 0,90 na semana), e janeiro/26 a R$ 72,11 (+R$ 0,14 no dia, +R$ 0,61 na semana). O mercado segue atento à evolução climática e à confirmação dos volumes de exportação nas próximas semanas.