Biológicos ganham força para tratar sementes
“Esse processo de tratamento industrial permite a aplicação precisa dos produtos"

O uso de bioinsumos na agricultura está crescendo rapidamente, impulsionado pela busca por maior segurança, sustentabilidade e produtividade. Dados da CropLife Brasil mostram que o mercado de bioinsumos cresceu 15% na safra 2023/2024, alcançando R$ 5 bilhões em vendas.
Entre as inovações, o Tratamento Industrial de Sementes (TSI) com inoculantes biológicos se destaca. Segundo Fernando Bonafé Sei, agrônomo da Novonesis, o processo aplica defensivos agrícolas, seguido de polímeros para fixação, e, por fim, protetores biológicos como o Bradyrhizobium, que ajuda na fixação de nitrogênio na planta, essencial para seu desenvolvimento.
“Esse processo de tratamento industrial permite a aplicação precisa dos produtos, o que garante a precisão da dosagem na semente, garantindo a qualidade no tratamento. O processo se inicia com a aplicação dos defensivos agrícolas para prevenção de pragas e doenças, seguidos por um polímero que auxilia na aderência e fixação dos produtos e por último os protetores biológicos e organismos vivos (inoculantes)”, afirma.
O TSI oferece precisão na aplicação, economia, redução de mão de obra e agilidade no plantio. Produtos como o inoculante CTS 1000® permitem o plantio até 90 dias após o tratamento, com aumento comprovado de 3,8% na produtividade, graças à maior formação de nódulos e fixação de nitrogênio.
“Esses microrganismos fixam nitrogênio do ar, um processo vital para o desenvolvimento da cultura. Para verificar a eficácia da aplicação do inoculante, o produtor pode coletar algumas plantas e observar a presença e quantidade da nodulação formada nas raízes, principalmente na raiz principal e próximo a coroa. Quanto maiores e mais numerosos os nódulos, maior será o aporte de nitrogênio para a planta e, consequentemente, maior o potencial produtivo”, explica.