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Relatório “negativo” faz soja recuar

O USDA manteve a estimativa de produção brasileira



O USDA manteve a estimativa de produção brasileira O USDA manteve a estimativa de produção brasileira - Foto: Canva

A soja encerrou a sexta-feira (12) e a semana em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionada por fatores climáticos, comerciais e por dados considerados negativos no relatório WASDE. Segundo a TF Agroeconômica, a ausência de compras chinesas, em meio à guerra tarifária com os EUA, somada às boas condições climáticas das lavouras americanas, contribuiu para o recuo das cotações.

O contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, fechou com queda de 0,81% (–8,25 cents/bushel), a US$ 10,04/bushel. Já o contrato de setembro recuou 0,72% (–7,25 cents), encerrando a US$ 9,95. O farelo de soja para agosto caiu 0,41% (–US$ 1,10/ton curta), cotado a US$ 270,30, enquanto o óleo de soja subiu 0,49% (+US$ 0,26/libra-peso), a US$ 53,75.

O USDA manteve a estimativa de produção brasileira, mas elevou a da Argentina. No comércio externo, reduziu a previsão de exportações do Brasil para 102,10 milhões de toneladas, abaixo das 106,22 milhões estimadas pela Conab, e aumentou as da Argentina. Apesar disso, o mercado teve algum suporte com a venda de 219,9 mil toneladas de soja para o México e com expectativas de maior demanda por óleo de soja, após os EUA aplicarem tarifa de 35% sobre o Canadá, reduzindo a competitividade do óleo de canola. Na semana, a soja acumulou queda de 4,40% (–46,25 cents), o farelo recuou 2,60% (–US$ 7,10) e o óleo caiu 1,47% (–US$ 0,80), refletindo a volatilidade diante das incertezas globais.

“Com o Brasil praticamente sozinho no mercado internacional de grandes volumes de soja,
diante da resistência da China em comprar soja americana, pela briga com Trump e do afastamento da Argentina devido à volta das retenciones cheias, existe uma grande possibilidade de o preço da soja subir um pouco, porque os chineses são mestres em comprar barato”, conclui.

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