Aveia-branca ocupa mais de 90% da área prevista
Geadas afetam fase reprodutiva da aveia no RS

A semeadura da aveia-branca alcançou 92% da área prevista no Rio Grande do Sul, conforme dados do Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (10). O avanço foi favorecido por dias consecutivos de sol e pela redução da umidade excessiva no solo.
Segundo a Emater/RS-Ascar, “a continuidade do tempo firme e a elevada radiação solar favoreceram o estabelecimento das áreas recentemente semeadas e contribuíram para a recuperação das lavouras implantadas em junho”. As lavouras estão, em sua maioria, na fase vegetativa (88%), enquanto 9% se encontram em floração e 3% no enchimento de grãos, principalmente na região Noroeste do estado.
As geadas intensas registradas nos últimos dias causaram danos pontuais nas folhas e atingiram estruturas reprodutivas em lavouras mais adiantadas, o que poderá reduzir o potencial produtivo nessas áreas. O estado fitossanitário, no entanto, é considerado satisfatório até o momento.
Os produtores seguem com os tratos culturais, com foco na adubação nitrogenada em cobertura, aplicação preventiva de fungicidas e controle de plantas daninhas. A estimativa é de que sejam cultivados 401.273 hectares, com produtividade média prevista de 2.254 kg por hectare.
Na região administrativa de Bagé, o avanço da semeadura ocorreu com a melhora das condições de solo, mas o acesso de máquinas ainda foi dificultado em áreas mais úmidas. Em Hulha Negra, o excesso de chuvas em junho resultou em baixa densidade de plantas, exigindo replantio em extensas áreas. Em alguns casos, houve necessidade de uso de grade para corrigir sulcos provocados pela erosão.
Na região de Frederico Westphalen, 70% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 30% em florescimento, fase prejudicada pelas temperaturas mais baixas. Já na região de Ijuí, as lavouras apresentaram melhora no desenvolvimento e na coloração foliar, mas as geadas afetaram plantas em estádio reprodutivo, com danos observados em inflorescências e necrose nas hastes principais em fase de emissão de panícula. Apesar disso, a área comprometida é pequena em relação ao total cultivado.