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Abrapa leva algodão brasileiro à Expo Osaka 2025

Algodão brasileiro ganha destaque cultural e sustentável

Foto: Pixabay

Na próxima semana, o Pavilhão do Brasil da Expo Osaka 2025, no Japão, abre espaço para a força do algodão brasileiro. De 18 a 23 de agosto, o Cotton Brazil, programa de promoção da pluma brasileira no exterior da Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa), promove uma programação especial para mostrar a versatilidade, a qualidade e a sustentabilidade do produto brasileiro.

A Expo, também conhecida como Exposição Universal, é realizada desde 1851, organizada pelo Bureau International des Expositions (BIE), e tem como objetivo promover o intercâmbio cultural e tecnológico entre países. A sua primeira edição ocorreu em Londres, e já passou pelo Brasil em 1922, na cidade do Rio de Janeiro, única realizada no país e na América Latina. Sua primeira edição em Osakaocorreu em 1970 e, em 2025, está sendo realizada de 13 de abril a 13 de outubro. Com o tema "Desenhando a Sociedade do Futuro para Nossas Vidas”, a Expo Osaka recebeu até agora 15 milhões de visitantes e a previsão é chegar a 28 milhões de pessoas até outubro.

“Queremos aproveitar essa grande vitrine para o mundo que é a Expo Osaka e mostrar que o algodão é a melhor alternativa para o nosso futuro, por se tratar de uma fibra têxtil natural, renovável e muito mais sustentável que as sintéticas”, explicou Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa.

Destaque para o agro brasileiro

Durante o mês de agosto, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos (ApexBrasil) promove uma extensa programação focada no agronegócio brasileiro. Na semana de 18 a 23 de agosto, é a vez da Abrapa promover uma exposição multimídia, com painéis interativos, debates e ações de relacionamento com autoridades e empresários japoneses, brasileiros e internacionais.

O poder da fibra natural

A mostra Power of the Natural: From Cotton Fields to Fashion apresenta peças de vestuário que revelam diferentes usos e expressões culturais do algodão brasileiro. Entre elas, destaca-se o traje tradicional das baianas, símbolo histórico do uso do algodão no país, que pertence a Gislaine, baiana de Salvador que trabalha com a venda de acarajé há mais de 22 anos em Luís Eduardo Magalhães. A cidade, referência no desenvolvimento da cotonicultura no Oeste baiano, também é origem de outra peça confeccionada em puro algodão: o abadá de capoeira, composto pela calça e pelo cordão, cedido pelo projeto sociocultural Capoeira Cultura em Ação, representando a tradição e a cultura locais.

A mostra também contará com uma peça de alta costura, um vestido em renda renascença 100% algodão da grife Martha Medeiros, confeccionado artesanalmente por artesãs do Nordeste brasileiro. A marca faz parte do movimento Sou de Algodão e é conhecida pela técnica artesanal, símbolo da herança e tradição das rendeiras nordestinas no manuseio da fibra.

Presenteado especialmente para a exposição, o judogi do medalhista mundial David Moura simboliza a conexão cultural entre Brasil e Japão. No judô, popularizado no Brasil pela influência da imigração japonesa, a veste é como uma extensão do corpo do atleta. Moura, um dos maiores atletas do judô brasileiro, é natural de Mato Grosso, o estado que mais produz algodão no Brasil.

A mostra traz também peças confeccionadas com algodão rastreado, uma camiseta branca, uma calça e uma jaqueta jeans. Em cada etiqueta, um QR Code permite acompanhar toda a jornada do algodão, desde a fazenda onde foi cultivado até chegar à marca responsável pela criação da peça.

Quem for na exposição poderá levar de brinde para casa um Furishiki. A peça tradicional da cultura japonesa, terá um toque de brasilidade por ser confeccionada no tecido Chita. Geralmente, os Furishikis são utilizados como embalagens reutilizáveis, e a depender das dobras feitas no seu tecido, podem servir como cestas, sacola e até mesmo como embrulhos para presentes mais especiais.

Mulheres que tecem o futuro

Como parte da programação dedicada ao algodão brasileiro na Expo Osaka 2025, o painel “Mulheres que tecem o futuro: da sustentabilidade à inovação”, acontece no dia 22 de agosto. No encontro, lideranças femininas debatem representatividade, rastreabilidade e práticas sustentáveis na cadeia do algodão.

A diretora de Negócios da Apex Brasil, será a mediadora do painel que terá a participação da produtora rural e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto, e da superintendente de Projetos Estratégicos da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Lilian Kaddissi.

A programação da Abrapa na Expo Osaka é realizada pelo Cotton Brazil, programa de promoção do algodão brasileiro em escala global. A iniciativa é uma parceria com a ApexBrasil e com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

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