Canola: primeiros campos iniciam floração

O plantio de canola no Rio Grande do Sul tem sido dificultado pelas condições climáticas, com relatos de necessidade de replantio em algumas regiões do estado. Apesar dos desafios, nas primeiras áreas implantadas no Noroeste, algumas lavouras já iniciam a floração. As informações foram divulgadas no Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (12).

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a semeadura foi retomada à medida que os níveis de umidade do solo diminuíram. Em Itaqui, houve necessidade de replantio devido às chuvas torrenciais da última semana de maio. Em Manoel Viana, vários produtores também precisaram replantar. Estima-se que 80% da área total prevista de 7.300 hectares já esteja plantada. Em São Borja, o avanço da semeadura foi "muito pouco no período devido ao excesso de umidade no solo", com aproximadamente 80% dos 7.000 hectares previstos implantados.

As regiões de Erechim e Passo Fundo registraram aumento na área cultivada nesta safra de canola. Frederico Westphalen apresenta o maior incremento relativo de expectativa de área entre as culturas de inverno, com cerca de 60% semeados e estabelecimento e desenvolvimento considerados satisfatórios.

Em Ijuí, o estabelecimento da cultura é considerado normal, com densidade de plantas adequada, apesar de algumas falhas no estande. Aumentou o ataque de formigas e a emergência de plantas daninhas como o azevém. Do total implantado, 3% da área está em floração.

Em Tupanciretã, na região de Santa Maria, 100% da área de canola está implantada. O município também registrou o plantio de aproximadamente 300 hectares de carinata.

Na região de Santa Rosa, os cultivos se desenvolvem bem, com 84% das lavouras implantadas; desse total, 90% em desenvolvimento vegetativo e 10% em florescimento. As áreas implantadas mais cedo apresentam desenvolvimento adequado, com plantas atingindo cerca de 10 cm. Nesses locais, foram realizadas aplicações de inseticidas, mesmo com condições difíceis de tráfego, visando ao controle de populações de traça-das-crucíferas e outras lagartas. Houve tombamento de plantas em algumas lavouras. Em São Luiz Gonzaga, com área significativa cultivada na região, empresas disponibilizam programas de fomento ao cultivo da oleaginosa, visando à construção de uma unidade de beneficiamento com capacidade de 700 toneladas por dia.