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Mercado de trigo segue travado no Sul do Brasil

No Paraná, o cenário também é de lentidão



No Paraná, o cenário também é de lentidão No Paraná, o cenário também é de lentidão - Foto: Agrolink

O mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil continua com pouca movimentação, marcado por compradores seletivos, margens apertadas e impacto das condições climáticas no ritmo do plantio. Segundo informações da TF Agroeconômica, o Rio Grande do Sul mantém um cenário de estabilidade, com avanço no plantio graças ao tempo seco e ensolarado, que permitiu atingir cerca de 50% da área, embora ainda abaixo da média histórica. A expectativa é de uma produção reduzida, estimada em 2,5 milhões de toneladas.

No estado gaúcho, o mercado da safra velha segue restrito, com negócios pontuais até R\$ 1.330 por tonelada e exigência de alta qualidade. Lotes com coloração fora do padrão são recusados, e os moinhos relatam baixa margem e ritmo lento de moagem. A disponibilidade de trigo ainda é suficiente para atender à demanda até a nova safra, com estimativas de 360 mil toneladas disponíveis em 30 de junho e 130 mil toneladas restantes até outubro. As exportações seguem travadas, com preços em R\$ 1.270/t para dezembro. Em Panambi, o preço da pedra segue estável em R\$ 70,00 a saca.

Em Santa Catarina, o mercado apresenta boa oferta, mas também sofre com a moagem fraca devido às margens comprimidas. Negócios foram raros na semana, com preços para pão a R\$ 1.400 FOB e trigo gaúcho pressionando o mercado local, sendo ofertado entre R\$ 1.330 e R\$ 1.360 FOB. A safra nova ainda não tem indicações de preço, mas houve queda de 20% nas vendas de sementes e a Conab projeta redução de 6,3% na produção do estado, mesmo com aumento de área plantada. Os preços da pedra variam entre R\$ 75,00 e R\$ 79,00/saca nas principais praças catarinenses.

No Paraná, o cenário também é de lentidão. A safra velha não avança, com compradores e vendedores travados em R\$ 1.500. O trigo importado da Argentina e do Paraguai chega aos moinhos paranaenses com preços similares ao nacional, o que limita o espaço para valorização. A safra nova, por sua vez, tem preços cerca de 18,4% superiores aos de setembro de 2024, mas sem negócios efetivados. A média da pedra recuou 0,35% na semana, ficando em R\$ 77,42.
 

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