Soja recua em Chicago antes do WASDE
Nos fechamentos do dia, o contrato da soja para novembro caiu

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quarta-feira (10) em baixa, refletindo a postura cautelosa dos operadores antes da divulgação do relatório WASDE do USDA. Segundo a TF Agroeconômica, a retração foi influenciada pelo início da colheita em algumas regiões do sul dos Estados Unidos e pela menor demanda da China, um fator atípico e preocupante para esta época do ano.
Nos fechamentos do dia, o contrato da soja para novembro caiu 0,58% (-6,00 cents/bushel), cotado a US$ 1.025,25. Já o vencimento de janeiro recuou 0,55% (-5,50 cents/bushel), a US$ 1.044,75. No farelo, o contrato de outubro teve queda de 1,46% (-US$ 4,20/ton curta), a US$ 283,50, enquanto o óleo de soja para outubro subiu 1,08% (+US$ 0,54/libra-peso), fechando a US$ 50,47.
A agência Reuters destacou que a China já garantiu 95% de sua necessidade para outubro com compras da América do Sul, reduzindo a demanda pelo produto americano. Ainda assim, a perspectiva de uma safra norte-americana menor do que o inicialmente previsto, em função do clima seco durante o enchimento dos grãos, limitou maiores quedas nas cotações.
Outro ponto de atenção, segundo a consultoria, vem da tensão comercial entre Estados Unidos e China. Apesar da trégua tarifária de 30 dias, não houve avanço nas negociações bilaterais, e novas pressões surgiram após declarações de Donald Trump, que instou a União Europeia a impor tarifas de até 100% à China por manter importações de petróleo russo. O cenário reforça a incerteza e mantém a disputa como fator baixista para Chicago, mas potencialmente favorável ao Brasil.