Não ignore a presença do pulgão do milho
“São insetos sugadores que se alimentam da seiva das plantas"

A presença do pulgão nas lavouras de milho é um problema recorrente que exige atenção dos produtores. Segundo a engenheira agrônoma Thiciane Trombeta, uma das espécies mais frequentes é o pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis), um inseto sugador que compromete o desenvolvimento da planta ao se alimentar diretamente da seiva, enfraquecendo seu metabolismo e impactando a produtividade da cultura.
Esses insetos atuam inserindo seu estilete nos vasos condutores das plantas, o que não só retira nutrientes essenciais, como também injeta toxinas que prejudicam o crescimento. Entre os principais danos causados estão a clorose (amarelecimento das folhas), o enrolamento foliar e a redução geral do vigor das plantas, fatores que podem atrasar o ciclo da cultura e reduzir o potencial produtivo.
“São insetos sugadores que se alimentam da seiva das plantas, inserindo seu estilete diretamente nos vasos condutores. Durante esse processo, além da extração de nutrientes, os pulgões injetam toxinas que afetam o metabolismo da planta e enfraquecem seu crescimento”, comenta.
Além disso, o pulgão-do-milho é vetor de viroses, como o vírus do mosaico comum do milho (Maize Dwarf Mosaic Virus – MDMV), que causa manchas nas folhas e diminuição da área fotossintética. Essa condição afeta diretamente o rendimento da lavoura e pode levar a perdas econômicas significativas.
Outro problema associado é a excreção de honeydew, uma substância açucarada que atrai o fungo conhecido como fumagina. Essa cobertura escura nas folhas reduz ainda mais a capacidade de fotossíntese da planta, comprometendo seu desempenho. Por isso, o monitoramento e o manejo adequado do pulgão são estratégias fundamentais para proteger a sanidade e o potencial produtivo do milho.