Balança comercial registra superávit de US$ 1,3 bilhão na 4ª semana de julho
Comércio exterior soma US$ 34,9 bilhões no ano

A balança comercial brasileira encerrou a quarta semana de julho de 2025 com superávit de US$ 1,3 bilhão, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (28) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é fruto de exportações no valor de US$ 6,7 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões, totalizando uma corrente de comércio de US$ 12,2 bilhões no período.
No acumulado do mês, as exportações somam US$ 26,2 bilhões, frente a US$ 21,4 bilhões em importações, resultando em saldo positivo de US$ 4,8 bilhões. A corrente de comércio no período chegou a US$ 47,7 bilhões.
De janeiro até a quarta semana de julho, o país exportou US$ 192,1 bilhões e importou US$ 157,22 bilhões, o que gerou superávit de US$ 34,9 bilhões e movimentação comercial total de US$ 349 bilhões.
Segundo a Secex, houve crescimento de 3% nas exportações em julho de 2025 em comparação com o mesmo mês de 2024. A média diária passou de US$ 1,34 bilhão para US$ 1,38 bilhão. Nas importações, o aumento foi de 11,5%, com média diária subindo de US$ 1 bilhão para US$ 1,128 bilhão. A média diária da corrente de comércio chegou a US$ 2,509 bilhões, e o saldo comercial médio foi de US$ 252,13 milhões, representando alta de 6,6% sobre o ano anterior.
Na análise setorial das exportações até a quarta semana de julho, houve crescimento de 2,4% na Agropecuária, que totalizou US$ 6,06 bilhões. A Indústria de Transformação apresentou alta de 8,1%, alcançando US$ 14,61 bilhões. Já a Indústria Extrativa registrou queda de 7,6%, com US$ 5,46 bilhões exportados. Os destaques nas vendas externas incluem frutas e nozes (alta de 47%), café não torrado (32,1%) e soja (4,6%). Na indústria extrativa, houve crescimento nas exportações de minérios de cobre (54,5%) e alumínio (14,4%). Na indústria de transformação, destacaram-se carne bovina (56,5%), aeronaves e equipamentos (78,9%) e ouro não monetário (100,4%).
Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nas exportações, como milho não moído (-44,5%), madeira em bruto (-39%) e algodão em bruto (-29,3%) na Agropecuária. Na Indústria Extrativa, houve retração nas vendas de minério de Ferro (-11,8%) e óleos brutos de petróleo (-8,6%). Na Indústria de Transformação, a celulose caiu 29,3%, enquanto os produtos semiacabados de Ferro e aço recuaram 45,3%.
Nas importações, a Agropecuária registrou aumento de 5,4%, somando US$ 0,42 bilhão. A Indústria de Transformação cresceu 13,7%, com US$ 19,91 bilhões em compras externas. A Indústria Extrativa apresentou queda de 17,2%, totalizando US$ 0,98 bilhão. Entre os produtos com maior crescimento nas importações estão cevada (182,2%), soja (51,6%) e borracha natural (104,9%) na Agropecuária. Também cresceram as importações de fertilizantes brutos (64,2%) e minérios de alumínio (1.002,7%).
Entre os produtos com retração nas importações, destacam-se pescado (-19,5%), trigo e centeio (-11,9%) e frutas e nozes (-11,4%) na Agropecuária. Na Indústria Extrativa, houve recuo nas compras de carvão (-32,7%) e gás natural (-29,1%). Já na Indústria de Transformação, diminuíram as importações de veículos de passageiros (-30,5%) e tubos de aço (-38,9%).