Atenção para chuvas constantes e riscos de encharcamento entre BA, SE, AL, PB, PE e RN
As chuvas continuarão beneficiando os cultivos de terceira safra na região do Sealba

A semana deve ser marcada por chuvas recorrentes no leste do Nordeste, especialmente em Sergipe, Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, como consequência das instabilidades das conhecidas "Ondas de Leste". Em contraste com o padrão atmosférico seco sobre o interior do país.
As ondas de leste (Distúrbios Ondulatórios de Leste – DOL), são sistemas típicos do inverno responsável por transportar umidade do Atlântico para o leste do Nordeste, provocando esa condição de chuvas recorrentes na região.
Enquanto a maior parte do país deve seguir por um período de tempo seco, em decorrência de um sistema de alta pressão atuando como bloqueio atmosférico, as chuvas, embora com volumes predominantemente baixos a moderados neste evento, serão recorrentes e frequentes no leste do Nordeste, promovendo condições de chuvas volumosas ao longo dos próximos dias.
A análise das projeções mostram que os principais volumes neste período concentram-se em áreas do litoral, com destqaque para estes pontos:
Data | Microrregião | Estado | Volume Pontual Máximo | Distribuição |
---|---|---|---|---|
09/07 | Natal | RN | 55 mm Risco para alagamentos/encharcamento |
Isolada |
09/07 | João Pessoa | PB | 39 mm | Isolada |
10/07 | João Pessoa | PB | 46 mm | Irregular |
13/07 | Nazaré – Maragogipe | BA | 40 mm | Irregular |
12/07 | Nazaré – Maragogipe | BA | 24 mm | Irregular |
12/07 | Salvador | BA | 20 mm | Irregular |
No campo, a sequência de dias com precipitação favorecerá o recarregamento hídrico do solo, com destaque positivo para culturas em desenvolvimento no litoral do Nordeste. As chuvas continuarão beneficiando os cultivos de terceira safra na região do Sealba. No entanto, produtores devem monitorar locais com solos menos drenáveis, sobretudo em áreas de cana, citros e hortaliças, em razão do risco de encharcamento pontual e restrição ao manejo de solo e colheitas. Chuvas contínuas elevam também a pressão fitossanitária e dificultam eventuais aplicações de defensivos ou fertilizantes.