Soja em leve alta em Chicago
Apesar do suporte climático, o mercado segue pressionado

A soja negociada em Chicago encerrou a quinta-feira (05) em leve alta, sustentada pela deterioração das lavouras nos Estados Unidos e por compras de oportunidade. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos da oleaginosa conseguiram reverter as perdas iniciais e fecharam o dia em terreno positivo, refletindo preocupações sobre a produtividade americana diante do avanço da seca no Centro-Oeste.
No fechamento, o contrato de soja para novembro subiu 0,15% ou US$ 1,50 cents/bushel, a US$ 1.033,00, enquanto janeiro avançou 0,14% ou US$ 1,50 cents/bushel, a US$ 1.051,50. No farelo, outubro registrou alta de 0,90% ou US$ 2,50/ton curta, a US$ 280,10. Já o óleo de soja, também para outubro, encerrou com valorização de 0,14% ou US$ 0,07/libra-peso, cotado a US$ 51,51.
Apesar do suporte climático, o mercado segue pressionado pela ausência contínua de compras chinesas, que impede altas mais expressivas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a proporção de lavouras em boas ou excelentes condições, reforçando expectativas de menor produtividade. A consultoria americana Allendale também revisou suas estimativas, prevendo safra de 116,16 milhões de toneladas, abaixo dos 116,82 milhões projetados pelo USDA em agosto, com produtividade média de 3.583 quilos por hectare, frente aos 3.605 quilos anteriormente calculados.
O mapa semanal de monitoramento da seca mostrou aumento significativo das áreas afetadas: a seca moderada no Centro-Oeste cresceu de 4,51% para 14,18%, e a área de soja sob algum grau de seca passou de 11% para 16%. Apesar do avanço, os números ainda permanecem abaixo dos 19% registrados no mesmo período de 2024, o que traz algum alívio, mas não afasta o viés de cautela no mercado.