Agro brasileiro avança com bioinsumos e 6G
IoT também é uma tecnologia que vem ganhando espaço

O agronegócio brasileiro atravessa uma transformação estrutural impulsionada por bioinsumos com nanotecnologia e conectividade digital avançada, incluindo redes 6G e IoT. Segundo Ricardo Leite, superintendente executivo do Grupo Safra, esses movimentos não são apenas tendências, mas pilares estratégicos para elevar a eficiência, sustentabilidade e competitividade internacional do setor.
A área tratada com bioinsumos na safra 2024/25 superou 156 milhões de hectares, com crescimento de 13% ao ano. Soja, milho e cana-de-açúcar lideram essa adoção. Avaliado em R\$ 5 bilhões, o mercado de bioinsumos tem se fortalecido com o uso de nanofertilizantes foliares, que entregam nutrientes de forma mais precisa, reduzindo perdas e otimizando o desempenho agronômico.
No campo da conectividade, mais de 17% das propriedades já utilizam sensores, IA e plataformas em nuvem, número que deve dobrar até 2030. Projetos como o “Brasil 6G” viabilizam o uso de tecnologias como drones e irrigação inteligente. Exemplos práticos, como o robô Solix AG da Solinftec e redes NB-IoT no Cerrado, comprovam os avanços na digitalização rural.
A sinergia entre biotecnologia e conectividade melhora a gestão de água e fertilizantes, reduz perdas logísticas e fortalece a resiliência climática. O grande desafio, segundo Leite, está em democratizar o acesso, integrando ciência, crédito e dados para consolidar um agro mais inteligente e sustentável.
“O agro que lidera o futuro é aquele que produz mais com menos, conectado à terra e à tecnologia. Seguimos acompanhando essa transição, conectando inovação, produtividade e sustentabilidade ao centro das estratégias do agronegócio brasileiro”, conclui.