Grupo investe em usinas flex de etanol
“O dinamismo desse mercado é visível e este investimento é estratégico"

O maior conglomerado de logística e transporte de veículos zero quilômetro da América Latina anunciou um investimento de R$ 1,1 bilhão em dois projetos inovadores de etanol de milho. Segundo o Grupo SADA, as usinas estão sendo implementadas em Jaíba (MG) e Montes Claros de Goiás (GO), adaptadas ao modelo “flex”, o que permitirá operação contínua ao longo do ano, maior eficiência e menor dependência da sazonalidade da cana-de-açúcar.
Para garantir o fornecimento de milho, a companhia inicia em setembro uma série de road shows em municípios estratégicos do Mato Grosso, Goiás e Bahia, além de eventos futuros em Jaíba e Montes Claros de Goiás. O objetivo é firmar parcerias sólidas com produtores locais e assegurar o abastecimento constante das novas unidades.
Segundo o fundador e presidente Vittorio Medioli, o investimento amplia a presença do grupo na agroindústria, diversifica o portfólio e reforça sua posição em um dos setores mais promissores da economia brasileira: os biocombustíveis. O projeto também prevê a geração de energia a partir do bagaço da cana e a produção de coprodutos de alto valor, como DDGS para ração animal e óleo vegetal.
“O dinamismo desse mercado é visível e este investimento é estratégico para ampliar a nossa atuação na agroindústria, diversificar o nosso portfólio e fortalecer nossa posição em um dos segmentos mais promissores da economia brasileira. A ideia é aproveitar a alta demanda por soluções que unem a presença no setor em que o Brasil é competitivo com a necessidade de produção de energia renovável”, explica
A Usina Eber Bio, em Goiás, já está com 30% das obras concluídas e deve iniciar operações em 2026, com capacidade para 180 milhões de litros de etanol por ano. Já a unidade em Jaíba, em fase de licenciamento, terá o mesmo potencial produtivo, com previsão de início em 2027. O investimento acompanha o avanço do setor, que, segundo a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), deve alcançar 15 bilhões de litros anuais até 2032.