Trigo segue com baixa movimentação
No Paraná, as lavouras estão em boas condições
No Paraná, as lavouras estão em boas condições - Foto: Canva
O mercado de trigo no Brasil segue com baixa movimentação, especialmente no Rio Grande do Sul, onde as compras estão concentradas em setembro e com poucos negócios para agosto. Trigos de qualidade que permitem reduzir a necessidade de importação da Argentina são raros e chegam a R$ 1.350,00 no interior, enquanto na região de Porto Alegre/Canoas e Serra o valor gira em torno de R$ 1.350,00 posto moinho. Já no meio do estado, as indicações estão em R$ 1.320,00, e negócios pontuais ocorrem a R$ 1.280,00 para embarque em agosto e pagamento em setembro.
Segundo a TF Agroeconômica, o trigo argentino para dezembro está US$ 8/t mais barato que o spot, pressionado pela expectativa de maior produção e estoques elevados no final do ano. No mercado de exportação, os preços para dezembro recuaram para R$ 1.250,00, com possibilidade de entrega de trigo de ração a deságio de 20%. Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com preços entre R$ 1.330 e R$ 1.360 FOB e redução estimada de 20% nas vendas de sementes em relação ao ano passado.
No Paraná, as lavouras estão em boas condições, com 81% classificadas como excelentes pelo DERAL. Chuvas recentes favoreceram o potencial produtivo e permitiram a retomada dos tratos culturais, enquanto geadas não causaram danos significativos na maior parte do estado. No mercado spot, os preços recuaram para R$ 1.400 CIF e R$ 1.300 CIF no futuro, com negócios esporádicos de trigo paraguaio a R$ 1.440 CIF.
Os preços pagos aos agricultores paranaenses tiveram leve alta semanal para R$ 76,04/saca, mantendo lucro médio de 4,32% sobre o custo de produção, mas distante dos 32,1% já oferecidos anteriormente no mercado futuro. A proximidade da colheita tende a pressionar ainda mais as cotações e reduzir as margens.
