Produtores monitoram doenças fúngicas na aveia

A semeadura da aveia branca no Rio Grande do Sul está próxima da conclusão, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (17). A continuidade do tempo seco tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras que apresentavam sintomas de estresse fisiológico causados por excesso de umidade no solo e baixa luminosidade em semanas anteriores.

A projeção da Emater/RS-Ascar para esta safra é de 401.273 hectares cultivados e produtividade estimada em 2.254 quilos por hectare.

As geadas registradas entre 30 de junho e 3 de julho provocaram danos em áreas semeadas fora da janela recomendada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). “Nessas áreas, que já se encontravam em estádio reprodutivo, foram observados branqueamento foliar, morte da haste principal e emissão de perfilhos de resgate”, informa o boletim. A Emater ressalta que essas áreas representam uma fração pequena do total cultivado.

Com o avanço do ciclo, houve aumento na incidência de doenças foliares, especialmente manchas. Para preservar o potencial produtivo, os produtores intensificaram o uso de fungicidas sistêmicos e protetores. A aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, entretanto, está condicionada à retomada das chuvas, que não ocorrem há cerca de três semanas em várias regiões.

Na região administrativa de Bagé, 94% da área estimada já foi semeada, com lavouras predominantemente em estágio vegetativo. Os agricultores intensificaram o monitoramento fitossanitário devido às condições propícias para doenças como ferrugem-da-folha.

Na região de Ijuí, o desenvolvimento da cultura segue satisfatório. Aproximadamente 80% das lavouras estão em fase vegetativa, 18% em floração e 2% em enchimento de grãos. Em Santa Rosa, áreas impactadas pelas geadas tiveram perdas nas estruturas reprodutivas e serão destinadas à cobertura de solo e adubação verde. Já os cultivos em fases mais jovens apresentam bom potencial e serão conduzidos à produção de sementes.