Milho atinge menor valor do ano em julho
Colheita avança e milho se desvaloriza no Brasil

Os preços do milho iniciaram o mês de julho em queda, alcançando os níveis mais baixos do ano nas principais regiões produtoras do país. A tendência de desvalorização tem gerado atenção no mercado, que observa um cenário de maior oferta do cereal e pouca reação da demanda interna e externa.
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o avanço da colheita da segunda safra, mesmo em ritmo inferior ao de 2023, tem elevado os volumes disponíveis no mercado spot nacional. Esse cenário pressiona os valores, ao mesmo tempo em que vendedores demonstram maior flexibilidade nas negociações.
A alta oferta já começa a gerar impactos logísticos, com sinais de restrição na capacidade de armazenagem em algumas regiões. Esse gargalo reforça a urgência dos produtores em escoar o produto, contribuindo ainda mais para o recuo das cotações.
Do lado da demanda, os compradores seguem cautelosos. Muitos agentes optam por adquirir apenas lotes pontuais, voltados ao consumo imediato, apostando na continuidade das quedas de preços nos próximos dias. A retração nas compras contribui para manter o mercado enfraquecido.
Outro fator que limita o escoamento do milho brasileiro é a baixa paridade de exportação. Com o dólar menos favorável e a concorrência de outros grandes exportadores, os embarques ao exterior perdem competitividade, reduzindo as alternativas de comercialização do cereal.